Não obstante as vendas ao longo do ano, a pandemia trouxe “quebras à produção” que só foram colmatadas graças às “novas tecnologias”. A bola, que ainda aguarda a conclusão do processo de certificação, é um dos ícones gastronómicos da região e tradicionalmente associado à Páscoa.
A autarquia de Miranda do Douro aposta na venda deste doce e de outros produtos regionais através da plataforma digital Merc@do de Sabores e Saberes Mirandeses (https://mercadosaboresesaberesmirandeses.pt/), tendo portes gratuitos em compras superiores a 15 euros.
A produtora Paula Domingues afirma que as quebras na Páscoa de 2020 foram toleráveis mas que as deste ano “são maiores e com mais impacto”, restando a esperança que as “vendas aumentem através da plataforma digital”. Admite, no entanto, que “não será a mesma coisa”.
Este produto, que remonta a 1510 segundo o historiador António Rodrigues Mourinho, origina de uma tradição “herdada dos conventos ou de famílias do clero e de gente rica”. O povo, no entanto, “foi modificando a bola à maneira regional”, levando ao que se come hoje.