São cerca de 2 400 bovinos com idade superior ou igual a 2 anos e 28 201 pequenos ruminantes, que estão legalmente registados que vão ser alvo deste apoio à vacinação, esclarece o município em comunicado.
Para 2024, foram assinados protocolos com a Associação de Criadores de Gado de Bragança e a Associação de Criadores de Gado e Agricultores (ACRIGA) no valor de 77 200 euros.
O município explicou que “comparticipa, assim, a totalidade dos custos assumidos pelos criadores do concelho, com as ações de profilaxia médica e sanitária de rastreio da tuberculose bovina, brucelose bovina, leucose enzoótica bovina e brucelose dos ovinos e caprinos, dos efetivos no primeiro controlo, previstas no Programa Sanitário”.
Segundo a autarquia, esta medida tem como objetivo “fomentar a produção animal, a atividade económica e o desenvolvimento local, bem como assegurar a saúde e a salubridade públicas e contribuir para a coesão territorial e sustentabilidade ambiental”.
Outro dos objetivos é “promover e incentivar” as atividades agrícolas e da criação de gado, sendo que o município promove ao longo do ano o Concurso de Bovinos de Raça Mirandesa do Concelho de Bragança, o Concurso Nacional de Ovinos da Raça Churra Galega Bragançana Branca, o Concurso Nacional da Raça Churra Galega Bragançana Preta ou o Concurso Nacional da Cabra Preta de Montesinho.
O município tem vindo a conceder apoios anualmente desde 2019 e, nos últimos seis anos, investiu 427 mil euros no setor pecuário para comparticipar as despesas com a sanidade animal.
Também em comunicado, a Câmara de Bragança exigiu ao Governo uma solução para que as análises de saúde animal voltem a ser feitas na íntegra e não só as urgentes, denunciando que a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) não lançou atempadamente o concurso público para garantir o serviço.
“O incompreensível atraso na publicação do concurso e a ainda não contratação do prestador de serviços, está a impedir, desde 1 de janeiro, a colheita integral de amostras, prevendo-se que esta situação se prolongue até ao final do primeiro trimestre deste ano, situação que põe em causa o cumprimento do Plano de Erradicação para 2024 e, consequentemente, a sanidade animal e, em última instância, a saúde pública”.
Assim, a autarquia exige ao Governo a “apresentação imediata de soluções, concretas e objetivas” que permitam a realização integral de análises da Saúde Animal, o que dizem que neste momento acontece “apenas em situações tipificadas como urgentes”.
“A atividade pecuária continua a revestir-se de grande importância para a coesão territorial, dinamização da economia local e sustentabilidade ambiental, contribuindo para a fixação das populações rurais, nomeadamente dos mais jovens”, sublinhou ainda.