Este ano, por ser num sábado, foi mais fácil para muitos cumprir o ritual, mas o presidente da junta garante que independentemente do dia da semana e do tempo, a localidade é sempre invadida por milhares de visitantes. “Todos os anos vem imensa gente visitar-nos, principalmente pela feira do gado. É uma feira que tanto faz ser aos fins de semana como durante a semana, esteja frio ou sol, traz sempre imensa gente e de todo o lado”, sublinhou Toni Afonso.
“É uma feira que tanto faz ser aos fins de semana como durante a semana, esteja frio ou sol, traz sempre imensa gente e de todo o lado”
TONY AFONSO
Presidente JF Vila Verde
Humberto Jesus é de Ribalonga e foi até Vila Verde com um rebanho de cabras “para o prémio”, que a organização da feira retomou o ano passado para os pequenos ruminantes. “É tradição da feira e para não acabar, vim. Quando tinha animais participei sempre e ainda ganhei uns poucos de prémios. Agora trago o rebanho do meu vizinho, que não conseguia vir”, conta.
Também com o objetivo de participar no concurso, António Mestre, de Mouçós, Vila Real, foi até à feira. “Todos os anos venho”, afirma, confiante que a junta de bois de raça maronesa conseguirá vencer. “Estou a contar ganhar o primeiro prémio, nem fazia isso por menos”, atira e acredita que a maioria das pessoas vai à feira para ver os animais.
“É uma feira importante, que contribui muito para a dinamização da economia do concelho de Alijó”
JOSÉ PAREDES
Presidente da CM Alijó
O presidente da Câmara Municipal de Alijó, José Paredes, também fez questão de marcar presença no certame “que se repete há dezenas de anos, para não dizer centenas de anos, que outrora reunia muitas juntas de bois, ovinos e caprinos”, e agora “ainda há alguns exemplares e estão presentes”.
“É uma feira importante, que contribui muito para a dinamização da economia desta terra e do concelho de Alijó”, frisou.
ALMOÇO SOLIDÁRIO
Outro dos pontos altos da feira, é o almoço solidário que reverte a favor do Centro Social, Recreativo e Cultural de Vila Verde, que disponibiliza apoio ao domicílio, infantário e creche na aldeia, e anualmente organiza a feira com a junta de freguesia. Para servir os cerca de 200 comensais, os funcionários da instituição preparam pratos com carne de cinco porcos, desde cozido, rojões, carne grelhada e sarrabulho doce tradicional. Os ingredientes são oferecidos por empresas e populares. Não há um preço fixo, mas “dentro das possibilidades, cada um dá aquilo que acha que deve dar, sempre nos vão dando alguma ajuda”, admite a presidente da instituição, Aida Fernandes, que diz que esta é uma boa fonte de rendimento para o centro.
“O que é angariado no almoço reverte a favor da instituição. É uma das fontes de rendimento da instituição”
AIDA FERNANDES
Presidente do CSRC
de Vila Verde
FESTIVAL DA CHANFANA
O dia seguinte, domingo, ficou marcado pela terceira edição do Festival da Chanfana, que tem como objetivo “promover as cabras e a chanfana feita num pote de ferro”. “Queremos dar uma outra amplitude a este festival e potenciar os poucos pastores que ainda há” e que fornecem os cerca de 200 quilos de carne, afirma Toni Afonso. Oito cozinheiros começaram a tarefa de confecionar a chanfana logo de manhã cedo e muitos foram os que aproveitaram a oportunidade para se deliciarem com a iguaria.