Num mundo cada vez mais digital e com as facilidades que as novas tecnologias trouxeram à população, há cada vez mais utilizadores rendidos aos produtos e serviços bancários digitais.
A campanha “#ficaadica” é dirigida aos “rendidos ao homebanking, às apps de pagamento e às compras online”. O supervisor alerta que a inovação traz vantagens, “mas há riscos que devemos acautelar”.
ABERTURA DE CONTA
A VTM vai abordar os servidos bancários digitais. Assim, na abertura de uma conta online e para evitar riscos e fraudes, o Banco de Portugal aconselha a certificar-se de que o banco no qual pretende abrir conta está registado no BdP e que está autorizado a receber depósitos. “Nunca faça depósitos junto de entidades não autorizadas. Informe-se junto do banco no qual pretende abrir conta se é possível abrir conta através de canais digitais”.
Deve verificar a segurança do site ou da app do Banco. “Confirme que o endereço a que pretende aceder se inicia com ‘https://’ e que aparece um cadeado no final do endereço ou na barra inferior da janela. Se tal não acontecer, a página não é segura”, revela o supervisor, acrescentando que deve adotar os procedimentos de segurança habituais para proteger o seu computador, tablet ou telemóvel, como manter “atualizados os programas” de antivírus e anti-spyware.
UTILIZAÇÃO
Ao aceder ao site do banco, “não clique em links nem faça downloads de fontes desconhecidas, nem utilize redes wi-fi públicas ou desconhecidas. Não utilize equipamentos públicos para realizar pagamentos ou outras operações bancárias, nem introduza os seus dados (nome, número de telemóvel, e-mail, número de cartão de cidadão, números de contas bancárias ou números de cartões de crédito) em sites que não conheça”. Isto porque ao fazer download de um ficheiro aparentemente inofensivo, “pode estar a instalar no seu equipamento um vírus informático”, que o pode redirecionar para uma página falsa, em que são indevidamente recolhidos os seus dados pessoais. Este tipo de ataque chama-se pharming”, informa o BdP, adiantando há ainda outro tipo de ataque, o ‘spyware’, em que “outras pessoas podem apropriar-se dos seus dados através da instalação de programas maliciosos”.
Esteja atento, porque há outras formas de se apropriarem dos seus dados. “Em locais com grande aglomeração de pessoas (concertos, transportes públicos ou centros comerciais), pode estar a ser observado por alguém que vê diretamente a informação que está a escrever no seu telemóvel, tablet ou computador, num ataque que se chama ‘shoulder surfing’”, alerta o supervisor.
ALTERAÇÕES
Após a abertura da conta à distância, “deve comunicar ao banco quaisquer alterações verificadas nos elementos de identificação e nos dados de contacto que disponibilizou no momento de abertura de conta, como, por exemplo, a morada, o telemóvel ou o e-mail”, sublinha o supervisor.
UTILIZAÇÃO DA CONTA
O BdP aconselha a utilizar a conta de forma responsável, “mantendo saldo na sua conta suficiente para os movimentos que realiza. “A instituição pode permitir que utilize fundos além do saldo da conta, mas saiba que se trata de um crédito e que terá de reembolsar esse valor, acrescido de juros e eventuais comissões”.
Outro conselho passa por “guardar cópia do contrato” de abertura de conta, sendo que o banco “é obrigado a facultar-lhe esta cópia em suporte duradouro”. O BdP recomenda ainda que “não adie as atualizações e elimine sempre as contas e as aplicações que já não utiliza”.
“SEM CUSTOS”
O supervisor lembra que o encerramento da sua conta “não tem encargos associados, mas pode ser-lhe exigido um prazo de pré-aviso, nunca superior a um mês”. Pode certificar o encerramento da conta, através da consulta à sua Base de Dados de Contas Bancárias, disponível online através do site do BdP, ou, presencialmente, nos postos de atendimento ao público.