Quarta-feira, 9 de Outubro de 2024
No menu items!

Cão desaparecido há dez meses no Minho encontrado em Carrazeda de Ansiães

Um cão desapareceu há dez meses da zona de Cabeceiras de Basto, no Minho, e foi encontrado a mais de cem quilómetros, numa aldeia de Carrazeda de Ansiães, em Trás-os-Montes, onde alguém decidiu verificar se tinha chip.

-PUB-

Ninguém sabe o que aconteceu ao animal durante o tempo em que esteve desaparecido e como fez o percurso até à aldeia do distrito de Bragança, apenas que foi o facto de ter chip de identificação, e de alguém se lembrar de verificar, que permitiu saber a sua origem e entregá-lo aos donos.

“A gente rezava todos os dias para que ele voltasse para casa”, contou à Lusa Tina Riley, a dona do Scruffy, que viu as preces atendidas na terça-feira à noite, quando uma senhora lhe ligou a perguntar se o cão era dela.

A família quis viajar imediatamente de Cabeceiras de Basto para Carrazeda de Ansiães, mas já era tarde. O reencontro ocorreu na manhã seguinte, a mais de 100 quilómetros de casa, na aldeia de Pinhal do Norte, em Carrazeda de Ansiães.

Foi o chip que permitiu o regresso a casa e, sobretudo, alguém ter-se lembrado de verificar se o animal tinha este dispositivo de identificação.

Tina Riley vive num local isolado, próximo de Cabeceiras de Basto, e não sabe como é que o cão desapareceu da propriedade da família.

Com o confinamento devido à pandemia covid-19, muita gente passou a andar a pé naquela zona e o animal habituou-se a ir atrás das pessoas, como contou a dona à Lusa.

Não sabe se se perdeu ou se foi levado por alguém, apenas que desde janeiro que o Scruffy estava desaparecido.

O cão está há sete anos com a família que o recolheu, em Castro Laboreiro, no distrito de Viana do Castelo, durante uma férias de verão, em que verificaram que dormia no estacionamento do hotel onde estavam hospedados.

Decidiram levá-lo para casa e confirmaram que não tinha dono numa ida ao veterinário, que atestou a ausência de chip e lhe colocou o dispositivo com a informação da nova família.

Mais tarde adotaram uma cadela, também abandonada, e “foi amor à primeira vista” entre os dois, segundo a dona, que fala na emoção do reencontro depois da ausência de dez meses.

Como é que o Scruffy apareceu a mais de cem quilómetros de casa é um mistério que ficará por desvendar.

O animal apareceu há alguns dias junto à aldeia transmontana de Pinhal do Norte, e foi acolhido por uma família da zona.

A associação local ALDEIAVERDE já está habituada ao abandono de animais nesta área, por a aldeia se encontrar junto de um nó do IC5, o itinerário que liga ao Porto e a Bragança, como contou à Lusa Luísa Vila Real, membro desta coletividade.

A associação soube da situação e como tem um leitor de chip decidiu falar com os que o acolheram e convencê-los a deixar fazer a leitura que confirmou que o cão estava chipado e registado, segundo contou.

“E saiu o jackpot canino ao Scruffy e aos seus donos”, lê-se numa publicação da página do Facebook da associação que permitiu o reencontro dez meses depois do desaparecimento de casa.

“Foi emocionante o reencontro, o cão imediatamente reconheceu os donos”, segundo Luísa Vila Real que garante a experiência que têm na associação permite-lhes “identificar quem está a sofre com a separação”.

Luísa considera que este caso permite “realçar a importância das protetoras dos animais e das associações” e “acima de tudo, a importância da colocação do chip”.

Por isso, a associação tira também uma lição desta história com um final feliz e deixa um alerta a todos os donos de animais domésticos: “coloquem o chip nos vossos animais SEMPRE”.

APOIE O NOSSO TRABALHO. APOIE O JORNALISMO DE PROXIMIDADE.

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo regional e de proximidade. O acesso à maioria das notícias da VTM (ainda) é livre, mas não é gratuito, o jornalismo custa dinheiro e exige investimento. Esta contribuição é uma forma de apoiar de forma direta A Voz de Trás-os-Montes e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente e de proximidade, mas não só. É continuar a informar apesar de todas as contingências do confinamento, sem termos parado um único dia.

Contribua com um donativo!

VÍDEOS

Mais lidas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS