No interior do edifício recuperado é possível conhecer-se a evolução do lobo na história, o enquadramento no território, nomeadamente as suas funções e importância no ecossistema e a relação simbiótica com o ser humano ao longo dos séculos, tentando apresentá-lo noutra perspetiva que não uma ameaça e desmistificar a imagem que se tem desta espécie protegida e em vias de extinção.
É apresentada uma imagem completa do lobo ibérico nas suas múltiplas perspetivas e contextos, como espécie selvagem, sendo parte integrante da paisagem, e parte duma relação com o homem, no passado e no presente.
O visitante é também conduzido a conhecer as várias tipologias de fojos de lobo existentes no Barroso.
No espaço, o lobo é o centro das atenções e a própria arquitetura do seu interior projeta o visitante nas várias tipologias de fojos de lobo existentes na região do Barroso. Trata-se, ao mesmo tempo, de um espaço de excelência em termos de educação ambiental, no âmbito da conservação desta espécie protegida e das suas presas naturais.
Com este projeto, promovido pela Junta de Freguesia de Pitões das Júnias, pretendeu-se criar uma estratégia de valorização deste animal como um elemento do património natural e cultural, e da biodiversidade do Parque Natural Peneda-Gerês (PNPG). É uma forma de contribuir para o desenvolvimento socioeconómico, sustentado neste território de montanha, e ser uma forte alavanca de turismo de natureza na região, atraindo visitantes interessados na vida selvagem e ecoturismo.
A adaptação do edifício, que era um antigo palheiro, teve um custo de cerca de 300 mil euros, apoiado em 85% por fundos comunitários, e a comparticipação nacional foi assumida pela Câmara Municipal de Montalegre. O CILI está aberto ao público aos fins de semana e feriados e com marcações durante a semana.