Tiago Oliveira disse que “com posição já tomada ou em processo final de decisão por muitas estruturas sindicais, foi possível estabelecer a convergência para uma greve geral no próximo dia 11 de dezembro”.
O secretário-geral da CGTP afirmou, em Lisboa, que “quanto maior o ataque, maior será a resposta dos trabalhadores”. No final de uma marcha contra o pacote laboral, Tiago Oliveira garantiu que “a luta não vai parar”.
Tiago Oliveira classificou este pacote laboral como “um dos maiores ataques já feito aos trabalhadores”, reiterando que “é um chorrilho de alterações a legislação do trabalho que, se passassem, seria um verdadeiro retrocesso na vida de todos”.
“São mais de 100 as matérias que este Governo quer rever da legislação laboral e vão todas no sentido de desiquilibrar as relações de trabalho a favor dos patrões”, disse.
O anteprojeto do Governo para revisão da legislação laboral, que está a ser debatido com os parceiros sociais, prevê a revisão de “mais de uma centena” de artigos do Código de Trabalho.
As alterações previstas na proposta – designada “Trabalho XXI” e que o Governo apresentou em 24 de julho como uma revisão “profunda” da legislação laboral – visam desde a área da parentalidade (com alterações nas licenças parentais, amamentação e luto gestacional) ao trabalho flexível, formação nas empresas ou período experimental dos contratos de trabalho, prevendo ainda um alargamento dos setores que passam a estar abrangidos por serviços mínimos em caso de greve.



