Os direitos laborais, que segundo os sindicalistas “cada vez estão mais em causa”, estiveram no centro da discussão, num dia em que houve eleições para uma nova direção.
Na reunião, esteve a secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, que depois de ouvir os delegados sindicais do distrito concluiu que “todos os problemas que existem a nível nacional, aqui estão muito mais acentuados, como os baixos salários, a redução da população e do número de trabalhadores, a precariedade, os horários longos e desregulados, sendo as desigualdades maiores nestes distritos do interior”. Por isso, considera ainda mais importante “a luta e a organização dos trabalhadores”.[/block]
No congresso foi aprovada a proposta de “aumento geral e significativo de todos os salários”, para garantir “que no nosso país não se empobrece a trabalhar, como está a acontecer”. “A nossa proposta é 15 % de aumento mínimo para todos os salários, com pelo menos 150 euros para todos os trabalhadores, e que o salário mínimo passe para os 910 euros e durante 2024 chegue aos 1000 euros”, afirmou Isabel Camarinha.
A secretária-geral da CGTP entende que o salário mínimo está cada vez mais próximo do médio “porque os outros salários não têm aumentado como deviam” e tanto um valor como outro “têm de crescer muito mais para garantir esse mínimo de dignidade que todos têm direito a ter” e fazer face ao aumento do custo de vida.
Também segundo António Serafim, da União de Sindicatos de Vila Real, no distrito “os direitos laborais dos trabalhadores são cada vez mais postos em causa”, apontando a precariedade acentuada como um dos maiores problemas. “A população está cada vez mais envelhecida, e os jovens, muitos qualificados, são obrigados a ir para o litoral ou para o estrangeiro”, o que na sua opinião só se resolve com o aumento dos salários.
Para lutar por estas causas, no dia 11 de novembro a CGTP vai organizar uma ação de luta no Porto e em Lisboa “para lutar pelos nossos direitos e contra a situação que estamos confrontados, com o aumento do custo de vida de bens essenciais, como a alimentação, habitação e energia, e pelos aumentos salariais que o governo está a propor, que ficam muito aquém das propostas da CGTP”.[/block]