Para nos ajudar a compreender o importante papel do Seminário na história da diocese de Vila Real tivemos connosco Sª Eminência, o cardeal António Marto, aluno e formador da casa, atual bispo de Leiria-Fátima, um antigo aluno, o coronel Dias Vieira, e um padre mais novo, o padre Victor Pereira, Arcipreste do Barroso.
João Evangelista de Lima Vidal, 1º bispo de Vila Real, logo após a criação da diocese, inicia a construção do Seminário que abriria as portas aos primeiros 21 alunos em outubro de 1930.
Durante duas décadas continua a construção do edifício, agora pelas mãos de D. António Valente da Fonseca, chegando a ter 300 alunos.
Em 1968, D. António Cardoso Cunha fundou, juntamente com o bispo do Porto e o abade de Singeverga, o Instituto de Ciências Humanas e Teológicas (ICHT) onde passariam a estudar os teólogos da diocese, na cidade do Porto.
Uma nova etapa se desenha então na história desta instituição que viu diminuir o número de alunos e teve que se adaptar aos novos tempos para cumprir a sua missão.
O primeiro orador da noite foi o Coronel Dias Vieira que partilhou as suas vivências como seminarista na segunda metade da década de 50 e início da década de 60, assim como o contributo que a instituição lhe deu para a sua personalidade e para a carreira militar que abraçou por opção.
Seguiu-se D. António Marto que começou por fazer memória grata destes mesmos tempos no Seminário de Vila Real e acabaria por concluir o curso teológico no Seminário Maior do Porto, onde seria depois prefeito de estudos e professor durante 23 anos. Novos tempos de liberdade e coresponsabilidade que impregnaram a formação dos novos padres da diocese que frequentaram o Instituto e depois a Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa.
O terceiro convidado foi um padre jovem, o padre Victor Pereira que partilhou algumas vivências de seminarista na escola pública e deixou alguns desafios para a formação atual dos sacerdotes.
Encerrou o serão o bispo de Vila Real, D. António Augusto Azevedo, agradecendo os testemunhos que os convidados trouxeram, reconhecendo que “nestes cem anos de vida da Diocese o Seminário teve um lugar determinante”, particularmente para as muitas centenas de jovens que passaram por esta instituição. Foi uma noite de “recordar memórias felizes e gratas”, sintetizou D. António, acrescentando que hoje é preciso coragem para um jovem entrar no Seminário.