Quarta-feira, 4 de Dezembro de 2024
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Corporação aposta na especialização em riscos específicos e na aquisição de viaturas

Para responder eficazmente ao desafio prioritário “do socorro de emergência às populações”, situações que têm vindo a aumentar, no pós pandemia e devido ao envelhecimento da população, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar (AHBVVPA), apostou em reforçar o parque de viaturas, passando de duas ambulâncias de emergência para cinco nos últimos três anos e meio, e no total adquiriu mais de 10 viaturas, nos últimos tempos, incluindo de transporte de doentes, combate a incêndios e uma mota com um aparelho compressor torácico (LUCAS).

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“É muito para uma associação da dimensão da de Vila Pouca de Aguiar, num concelho com 12 mil habitantes. Há dias em que temos cinco ambulâncias de emergência fora”, afirma Eduardo Quinteiro, presidente da AHBVVPA, o que permitiu um aumento de saídas de emergência, de cerca de 1200 por ano, para 1900 em 2022.

Os investimentos foram, no entanto, feitos de “modo controlado, com empréstimos bancários” e que permitem que “a associação esteja dotada de todos os meios para fazer face a todas as situações que surjam”.

Para o comandante Hugo Silva “é de louvar a sensibilidade em investir em meios de emergência”, para permitir responder melhor aos casos de emergência pré-hospitalar, assim como “em profissionalizar o corpo de bombeiros, em 3 anos e meio quase duplicaram os funcionários da Associação”, que é a única no distrito de Vila Real a ter três Equipas de Intervenção Permanente, tendo sido a última a pôr em funcionamento a primeira EIP e havendo a perspetiva de candidatar uma quarta. “Duas destas equipas são lideradas por mulheres, e um terço do corpo ativo é do sexo feminino”, destaca.

“Temos de estar preparados para qualquer socorro e estarmos munidos com o equipamento e o pessoal necessário”
HUGO SILVA – COMANDANTE

Com “as operações de socorro cada vez mais complexas”, outra aposta foi em especializarem-se nos riscos do território, adaptando-se para responder a novos perigos, como matérias perigosas, resgate em altura e aquático, estando a constituir uma equipa de mergulho, que será a única no Alto Tâmega. “É um concelho com muitos riscos específicos, muitos quilómetros de autoestrada e estrada nacional, passam milhares de pessoas e muitas matérias perigosas, temos à volta de 150 aerogeradores no concelho, que têm manutenções periódicas, há ainda as minas, que mesmo desativadas recebem visitantes, e a construção de barragens. A parte aquática justifica-se, pelo aumento de barragens, de duas para quatro”.

“O dia a dia é complexo, com coisas diferentes e novas, os bombeiros têm de ter mais formação e ser mais capazes, para poderem prestar um serviço com mais qualidade”.


Pode consultar o suplemento dedicado aos bombeiros AQUI

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