Por ser a segunda corporação do concelho, não foi contemplada, com o comandante a considerar o PEM importante pelo prémio mensal e financiamento para comprar uma ambulância.
“Estamos a lutar por isso há muito tempo e não conseguimos”, afirma Óscar Esménio, que explica que são pagos mediante as saídas, mas o trabalho é “a mesma coisa”. “Só não temos o mesmo apoio, somos discriminados de forma negativa”, frisa. Considera “fundamental a constituição do PEM”, até porque a corporação faz “mais serviços, não sendo sede de concelho, e não tem as mesmas garantias”.
“Cada vez mais se vai caminhar para um regime de profissionais”
Óscar Esménio – Comandante
Após a constituição de uma Equipa de Intervenção Permanente, os BVI anseiam pela criação da segunda. O comandante acredita “estar para breve” e vê-a como essencial, até porque o funcionamento do regime de voluntariado já não é como era. “Cada vez há menos elementos e não há tanta disponibilidade”.
Quase metade do pessoal já é profissional, 17. “Cada vez mais se vai caminhar para um regime de profissionais, mas não estranho nada que tenha de se manter o voluntariado”.
A falta de meios humanos é o maior desafio da associação. “Há 10 ou 15 anos não tínhamos os meios materiais de hoje, mas tínhamos muita mais gente. No verão havia 10 a 15 estudantes nas equipas de combate a incêndios, hoje não temos ninguém”.
A localização estratégica da corporação é vista como uma mais-valia, com a sede de concelho a 45 quilómetros. E estando no meio de três concelhos, dão apoio a aldeias de Bragança, mas também de Macedo e Vimioso. “Estamos mais perto de alguns pontos que as corporações das sedes de concelho, é uma salvaguarda para esta região, mas não há grandes contrapartidas”, afirma, defendendo que deveria haver “outro tipo de discriminação” e serem compensados pelo Estado central e até pelas câmaras.
Os BVI têm uma unidade local de formação da Escola Nacional de Bombeiros, onde operacionais de todo o distrito têm formação.
Pode consultar o suplemento dedicado aos bombeiros AQUI