As pessoas mais novas estão nos quiosques/cafés, a falar de futebol, Fórmula 1 e a discutirem quem ganha o clássico Benfica-Porto, ou quem fica na pole position na corrida deste fim-de-semana. Lá dentro, na estação, o barulho extremo, lixo por todo o lado, gente a empurram uns aos outros … tudo aquilo lá dentro é claustrofóbico, nada higiénico, tudo estragado, fora do sítio.
Vou tirar o meu bilhete, a menina que os está a tirar pergunta-me como vai a minha vida, mas, nem eu nem ela temos confiança uma com a outra para ter esse tipo de conversa! Tenho entalado na garganta “o que tem a ver com isso?”, despache-se a fazer o seu trabalho. Já viu a fila que está?”. Tenho, de repente, saudades do silêncio, da calma, do sossego, da estabilidade e até dos motoristas mal-encarados!
Volto para casa, com o bilhete do autocarro tirado, vou fazer as coisas que deixei pendentes e ponho-me a pensar que não gosto do que vivo. Não gosto do presente.
Conteúdo produzido pelo agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar