Apesar de todo o esforço desenvolvido através de campanhas que estão a ser feitas na limpeza e preservação da paisagem natural do Alto Douro Vinhateiro, ainda existem “nódoas negras”, em alguns pontos deste território.
É o que se passa, na Estrada Nacional 212, entre a vila de Alijó e o Tua. Próximo de S. Mamede de Ribatua, junto a esta via, está criada uma autêntica lixeira, a céu aberto, apesar de o local ter um contentor, para recolha de “monstros” e mais cinco contentores para depósito de lixos domésticos. Colchões, plásticos, garrafões, bacias, móveis são alguns dos resíduos sólidos que se encontram amontoados, no local.
Mais à frente, cerca de cinco quilómetros, já a caminho da Foz do Tua, existe uma outra lixeira, a céu aberto, espalhada pela encosta virada para o rio, ao longo de várias dezenas de metros e situada numa zona paisagística de excelência.
Ao que apurámos, todos estes lixos são despejados ali, a coberto da noite. Outra zona que recebe “despejos selvagens” é próxima da aldeia da Chã.
Confrontado com esta situação, o Presidente da Câmara Municipal de Alijó, Artur Cascarejo, manifestou a sua revolta, por aquilo que diz ser “uma gritante falta de educação que ainda persiste”, acrescentando: “Tudo temos feito, em prol do Ambiente. A factura mensal tem aumentado, em acções ligadas à sua preservação e implementação de boas práticas. Neste momento, já ronda os cinquenta mil euros mensais. Como é possível, num local, existirem seis contentores e colocarem o lixo fora deles, no chão?”.
O autarca aproveitou para lembrar que “a autarquia está envolvida num programa de erradicação de dissonâncias ambientais, no qual colaboram a CCDRN e a UTAD” e que tem feito um grande esforço, no aumento da rede de pontos de recolha de lixo, no concelho. Mas não posso colocar um polícia, em cada canto, a ver quem infringe as regras ambientais” – observou.
Jmcardoso