Quinta-feira, 3 de Outubro de 2024
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Dias de “grande azáfama e vida”

É inegável o impacto económico que a Feira dos Santos aporta para a cidade de Chaves, enquanto certame multissetorial, apesar do destaque para as vertentes festivas e culturais.

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Para Vítor Pimentel, presidente da Associação Empresarial do Alto Tâmega (ACISAT), que organiza o evento, com a colaboração da Câmara Municipal, estes “são dias de grande azáfama e vida na cidade de Chaves, num evento que atrai expositores dos quatro cantos do mundo”, afirma com entusiasmo, apesar “do trabalho e do desafio, cada vez mais marcante, que uma organização desta natureza acarreta”.

Num evento de rua é difícil contabilizar o número de visitantes, mas são esperadas cerca de 100 mil pessoas. “A avaliar pela hotelaria e restauração e impacto que tem na economia flaviense”, “a população do concelho mais do que duplica nesses dias”.

A hotelaria e a restauração são dois dos setores que mais ganham com este evento, mas o impacto nota-se também no comércio local, até porque a feira se estende ao longo de 5 quilómetros, nomeadamente pelas ruas do centro da cidade. “É importante para a economia flaviense, onde há mais pessoas há maior probabilidade de venda e de negócio”, afirma o responsável. Além disso, Vítor Pimentel garante que a equipa da ACISAT assumiu como prioritário “procurar realizar a Feira dos Santos com gente e empresas da região”, sendo que dentro do orçamento, que ronda os 150 a 160 mil euros, 90% é gasto no Alto Tâmega. “Isso é importantíssimo para criarmos uma economia mais capaz e mais forte”, sublinha.

A crise e a perda de poder de compra podem ter algum efeito negativo na feira, mas Vítor Pimentel está confiante “que não corremos o risco, pelos dados que temos” de o certame ser muito afetado e as pessoas se retraírem em demasia nas compras. Apesar de admitir que “estamos numa economia extremamente volátil e cada despesa tem de ser muito bem pensada”, não acredita que “este tipo de feira venha a ser afetada pelo momento que vivemos”.

EXPOSITORES

Este ano, a Feira dos Santos conta com 520 expositores. O vestuário, o calçado, o artesanato nacional, as antiguidades, os produtos agrícolas, a gastronomia e um leque de diversões, são algumas das atividades que não faltam neste importante evento anual.

Destes muitos são da cidade e da região, que já participam há muitos anos. Mas há expositores que chegam também de outros pontos do mundo como de África ou América do Sul. “A Feira dos Santos acaba por fazer parte do calendário de feiras de muitos expositores, que são bem recebidos por nós, se assim não fosse também não voltariam”.

Cerca de 15 dias antes do início da feira, já as diversões e roulottes de farturas e outras comidas tinham chegado à cidade.

“Um evento que atrai expositores dos quatro cantos do mundo”

PROGRAMA

No primeiro dia da feira, a animação vai ser assegurada pelo programa da RTP “Aqui Portugal”, de manhã e à tarde. “No domingo, a cerimónia oficial de inauguração decorrerá no Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso às 16 horas, estando reservado para a noite a atuação do DJ Wild, na praça central, “para dar também alguma modernidade à feira. É um DJ reconhecido e é flaviense”.

Todos os dias vão contar com animação de rua e animação itinerante, que são características desta feira. Não vão faltar grupos de concertinas, bombos e a participação do Teatro Experimental Flaviense.

Para dia 30 à noite está marcada ainda a atuação da banda Sirilanka Orquestra.

31 de outubro, reconhecidamente o dia forte da feira, inicia mais cedo com a feira do gado no mercado do gado. Destaque para o XX Concurso Nacional Pecuário, que vai abranger várias raças, desde a Barrosã, Maronesa e Mirandesa. No penúltimo dia, volta ainda a realizar-se o Festival Gastronómico do Polvo “que já é um clássico da Feira dos Santos”. À noite haverá a atuação do artista Miguel Azevedo, no largo General Silveira.

A 1 de novembro, o dia de encerramento da feira será retomado algo que já aconteceu em edições passadas, a iniciativa “Jovens Talentos da Nossa Terra”.

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