Terça-feira, 14 de Janeiro de 2025
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Agostinho Chaves
Agostinho Chaves
Trata o jornalismo por tu. Colabora com a VTM há mais de 25 anos. Foi Diretor entre 2014 e 2019. Passou por meios de comunicação nacionais, como o Comércio do Porto e a Rádio Renascença.

Dificuldade em escolher

O problema para quem escreve um texto editorial não está em arranjar assunto. O problema está em escolher um de vários assuntos que o possam justificar.

Esta semana pretendemos fazer um texto diferente. Como tal, vejamos o que temos à nossa frente, para desenvolver.

Caxias é uma cadeia de alta segurança. No entanto, com a maior facilidade, três presos que lá se encontravam saíram com a maior simplicidade e até tinham um carro, à sua espera, à frente da porta. Foram para Espanha. Ou então, as 50 armas que “voaram” das instalações da Direção Nacional da PSP. Foram para Marrocos. Mas, não, deve haver um tema melhor. Parece que há por aí um novo comprimido que garante inteligência aos meninos e às meninas. Eles vão para as discotecas e outros lugares de diversão noturna, até às tantas. De manhã têm dificuldade em ir para a escola e quando lá estão não rendem. É aqui que entra o tal comprimido. Abençoada tecnologia farmacêutica! O pior vai ser quando as nossas crianças e jovens chegarem à idade adulta, tão habituados a serem inteligentes. Esperemos que não se esqueçam do frasquinho das drageias no bolso. Bom, este tema fica para outra vez que tem muito que se lhe diga. E se falarmos de eutanásia? Num país em que se pretende proibi-la para os cães e os gatos dos matadouros, há quem pretenda torná-la possível para as pessoas. O problema está no novo Bastonário dos Médicos. Então o processo é tão transparente e ele vem dizer que “se a morte assistida for aprovada serei objetor de consciência”? Mau! Passemos a outro ipo de “remédios”: é uma vergonha que os doentes não tenham ao seu dispor medicamentos mais baratos e tenham de desembolsar mais avultadas maquias para adquirirem o mesmo, mas com outro nome. O Serviço Nacional de Saúde depende de um outro serviço nacional mais poderoso? O do oportunismo e da roubalheira? Não me agrada este tema. Vamos a outro: a princesa Cristina de Borbón “safou-se” da cadeia, para onde foi o seu marido Iñaki Undangarin: fraude, falsificações, prevaricação, tráfico de influências, evasão fiscal, coisas desse tipo. A infanta já decidiu: vai exilar-se em Lisboa, para poder estar próxima de Iñaki que fica preso em Badajoz. Poderia optar por uma cidade espanhola próxima de Badajoz, ou mesmo por ela, mas optou por Lisboa. Não há dúvida: Portugal é um país “levado da breca” para os detidos estrangeiros, sejam chilenos ou espanhóis. Uns fogem e vão para casa, outros vêm de casa e trazem a família para perto de si. 

Fiquemo-nos por aqui. É muito difícil arranjar temas para escrever o editorial. De tal maneira que acabámos por não escolher nenhum. Esperamos que nos perdoem.

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