Foi no programa “Contrasenso”, da VTM, que o responsável admitiu que “o investimento em saúde é fundamental”.
E lembrou o tempo da pandemia, com Portugal “a ser um exemplo”. Contudo, “é preciso continuar a investir na saúde”, sobretudo nos recursos humanos. No caso da ULSTMAD, “temos cerca de 4.500 profissionais”, mas, mesmo assim, há especialidades com carências, nomeadamente “dermatologia, endocrinologia e imunoalergologia”.
Ainda assim, e na semana em que se assinalaram 50 anos da revolução dos cravos, que trouxe consigo, também, o Serviço Nacional de Saúde, Ivo Oliveira lembra que “em 1974 o orçamento para a saúde rondava os 5% do PIB. Hoje esse valor ronda os 10%”, admitindo que, “ao contrário do que muitos dizem, a região tem mais médicos e mais enfermeiros”.
“As equipas têm cumprido a sua missão de prestar cuidados de saúde de qualidade, e de forma atempada, aos utentes”, vinca, revelando algumas das vantagens da ULS, que veio substituir o Centro Hospitalar.
Segundo Ivo Oliveira, a ULS permite “que haja uma maior ligação entre todos os cuidados de saúde (primários, hospitalares, continuados, convalescença) e, assim, responder de forma mais rápida às necessidades da população e tirar, também, alguma pressão aos serviços de urgência”.
Além disso, “o modelo de financiamento é diferente. Deixámos de ser remunerados em função do número de atos realizados e passamos a receber um bolo de acordo com o número de habitantes da região”, que neste caso são cerca de 350 mil. A ULSTMAD tem, atualmente, um orçamento a rondar os 310 milhões de euros.
Questionado sobre a urgência pediátrica do hospital de Chaves, Ivo Oliveira admite que, para já, “vai continuar como está”, ou seja, a funcionar “de segunda a sexta-feira, das 8h00 às 20h00”. Fora desse período, “as crianças são vistas na mesma e, se necessário, encaminhadas para Vila Real”.
Sobre o futuro, o mesmo responsável avança que serão feitas obras na maternidade e também serão construídos novos centros de saúde. “Através do Plano de Recuperação e Resiliência vai ser possível reabilitar alguns centros de saúde e construir outros, sendo que vamos ter, também, 20 gabinetes de saúde oral nos centros de saúde”.