Do encontro entre as duas instituições, nomeadamente com a presidente do IFT, Fanny Vong, foi apresentada uma proposta de formação sobre a vinha e o vinho do Douro a ter lugar no Coração deste território, S. João da Pesqueira. Este projeto teve grande aceitação por parte do IFT e um grupo de estudantes macaenses foram selecionados para incorporar o primeiro grupo a frequentar esta ação de formação.
Este mês de julho, durante uma semana, um grupo de 14 estudantes do Instituto de Formação Turística de Macau acompanhados por um professor frequentaram um workshop sobre vinhos, no qual a prioridade da Esprodouro foi a de mostrar a qualidade e os segredos do vinho do Porto, localmente conhecido por “vinho generoso”, e também os vinhos de mesa. Contudo, não era vontade da Esprodouro que esta formação se cingisse apenas à descoberta dos vinhos do Douro, por isso, tentou-se mostrar aos estudantes o património material e imaterial desta região ímpar, tendo como base a paisagem e o rio Douro, dar também a conhecer os monumentos arquitetónicos do concelho de S. João da Pesqueira e o Homem Duriense, que a custo de muito trabalho conseguiu criar uma região sui generis, dado os socalcos serem obra desse Homem que conseguiu transformar a natureza, aproveitando o melhor que a terra lhe oferecia.
Esta formação revestiu-se de uma componente teórica em sala de aula e foi enriquecida em contexto real de trabalho com provas de vinhos, visitas a quintas, vinhas e adegas onde puderam verificar todo o processo produtivo. Aliado a este procedimento, e sendo a cortiça um componente forte na fase final de engarrafamento dos diferentes tipos de vinho, visitou-se a corticeira de Castanheiro do Sul.
Puderam ainda apreciar a vida religiosa e mundana, os usos e costumes do povo duriense através das visitas a museus, nomeadamente aos museus etnográfico e de arte sacra de Trevões, e museu do vinho de S. João da Pesqueira.
A gastronomia duriense esteve sempre presente e, porque em qualquer processo formativo a componente lúdica deve ser uma constante, foi ainda possível navegar nas águas do Douro.
Com esse leque de saberes agora adquiridos, “acreditamos que deixaram esta região, Património Mundial da Humanidade, enriquecidos culturalmente”.