“Este trabalho pretende ser um manual de estudo dirigidos a cientistas e alunos, já que neste volume estão artigos que fazem um balanço do conhecimento e resultados de investigação feitas no Vale do Côa e outras geografias mundiais da arte rupestres”, explicou à Lusa o coordenador científico da fundação, Thierry Aubry.
Este volume com mais de 400 páginas coordenado por Thierry Aubry, André Santos Tomás e Andrea Martins “é essencial para quem aprecie o estude e a Arte Paleolítica no seu todo. Neste volume temos um conjunto de informação que está relacionada com arte rupestre que faz o balanço dos conhecimentos adquiridos pelos investigadores neste contexto até 2018”, disse Thierry Aubry.
Outro dos exemplos que sobressai nesta compilação sobre a Arte Paleolítica são as datações cronológicas do sítio arqueológico da Cardina, em Pleno Parque Arqueológico do Vale do Côa, onde há um balanço “muito didático”.
De acordo com a presidente da fundação, Aida Carvalho, este documento resulta dos trabalhos científicos enviados pelos palestrantes que participaram no simpósio que se realizou no Museu do Côa.
“Pretendemos que seja uma referência para os estudos de arte rupestre paleolítica pelo contributo dado na consolidação da Arte do Côa no contexto estratégico nacional e internacional”, explicou à Lusa a responsável pela fundação que gere o Museu e o Parque Arqueológico do Vale do Côa.
As atas têm o potencial de dar continuação às comunicações apresentadas no “Côa Symposium”, “prolongando-se as reflexões e análises para além do espaço do auditório onde foram abordadas várias temáticas”.
A obra foi editada numa colaboração conjunta da Fundação Côa Parque com a Associação dos Arqueólogos Portugueses e pode ser adquirida no Museu do Carmo, em Lisboa, e na loja do Museu do Côa por 20 euros
O “Côa Symposium” tratou-se de uma iniciativa internacional que teve por objetivo abordar novos olhares sobre a Arte Paleolítica do Vale do Côa, no distrito da Guarda.
O simpósio contou com nomes da arqueologia mundial, como Paul Bahn, do Reino Unido, que falou da arte rupestre ao ar livre, desde a Sibéria ao Egito, passando pelo Vale do Côa, e Dominique Sacchi, da Universidade de Toulouse, em França, que abordou a Arte do Côa como geradora de emoções.
O espanhol Rodrigo de Baldín mostrou no sua a apresentação da arte ao ar livre, no interior peninsular. A estes nomes juntaram-se ainda personalidades como os arqueólogos João Zilhão ou Maria de Jesus Sanches, entre outros que colocaram o Côa no centro das suas investigações.