Professores e pessoal não docente estão hoje em greve, levando ao encerramento de várias escolas um pouco por todo o país. No caso de Vila Real, o impacto não é muito significativo, apesar de três escolas não terem aberto portas.
Uma delas é a Escola Básica nº6 – Timpeira/Flores, do Agrupamento de Escolas Diogo Cão. À VTM, o diretor do agrupamento, Armando Félix, admitiu que o impacto “não é muito significativo”, revelando que a escola da Timpeira foi a única a não abrir esta sexta-feira, “apenas porque a pessoa que tem a chave aderiu à greve e não foi possível, em tempo útil, encontrar uma solução”.
De resto, “está tudo a funcionar normalmente”, garante.
Também os alunos das escolas do Douro e de Torneiros, do Agrupamento Morgado Mateus, ficaram hoje sem aulas. A informação foi confirmada à VTM por um funcionário do agrupamento, já depois de termos tentado falar com o diretor.
As restantes escolas do concelho, entre as quais o Liceu Camilo Castelo Branco e a Secundária São Pedro, estão a funcionar normalmente, ainda que haja alguns funcionários e professores a faltar. Ainda assim, sem comprometer o normal funcionamento dos estabelecimentos.
A greve desta sexta-feira foi convocada pelo STOP, com o objetivo de salientar a “importância e a necessidade urgente de valorizar e dignificar todos os profissionais da educação”.
O sindicato pede aumentos salariais num valor mínimo de 120 euros, uma avaliação “justa e sem quotas”, o direito à formação gratuita e em horário laboral, uma “gestão escolar democrática”, com a eleição do diretor e coordenações por todos os trabalhadores da escola e a possibilidade de acesso de todos à Caixa Geral de Aposentações, bem como o fim do processo de municipalização na educação, que diz “potenciar assimetrias regionais no acesso à educação e ser prejudicial para os assistentes operacionais”.
No pré-aviso de greve, o STOP destaca, ainda, as condições de trabalho dos assistentes operacionais, reivindicando a diferenciação salarial em função da antiguidade e a “diminuição significativa” do rácio de alunos por assistente operacional. O sindicato defende, ainda, a criação de uma carreira específica, por entender que a profissão de assistente operacional é “demasiado abrangente”, tendo em conta a especificidade das tarefas exercidas pelos mesmos.