Sábado, 14 de Setembro de 2024
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Helicóptero que caiu ao Douro ter-se-á desviado de uma ave

O piloto do helicóptero que caiu no rio Douro disse ter observado, antes do acidente, “uma ave de médio porte” na mesma linha de voo, obrigando a “um desvio”.

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Os dados constam de uma Nota Informativa (NI) divulgada esta terça-feira pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).

Este organismo refere que, “no voo de regresso à base de Armamar (Viseu), a aeronave iniciou uma descida constante, onde sobrevoou a margem esquerda (sul) do rio Douro em direção à cidade de Peso da Régua”.

“No decurso dessa descida, segundo as declarações do piloto [único sobrevivente], este terá observado uma ave de médio porte à mesma altitude e na trajetória do helicóptero, que o obrigou a executar um desvio à direita, retomando a rota logo de seguida. Dos dados recolhidos até ao momento não foi possível determinar de forma independente o ponto de execução dessa manobra”, sublinha o GPIAAF.

Em sequência, pelas 11h32, acrescenta a investigação, “mantendo a descida em direção ao rio em volta à esquerda, a aeronave colidiu com a superfície da água com uma velocidade em torno dos 100 nós (185 km/h) por motivos a determinar”.

“No processo de dissipação de energia ocorrido durante a colisão, o piloto, sentado à direita, e o ocupante da cadeira esquerda do cockpit foram projetados para fora da aeronave”, lê-se ainda na NI.

“Da violenta colisão com a água, o helicóptero sofreu uma deformação da cabine incompatível com a sobrevivência dos seus ocupantes. A integridade estrutural ficou comprometida, libertando parte dos elementos de revestimento em material compósito”, descreve o documento.

Os componentes de baixa densidade ficaram à superfície enquanto os restantes destroços assentaram no leito do rio “entre quatro e seis metros de profundidade numa área de aproximadamente 3.600 metros quadrados”.

O GPIAAF refere ainda que o helicóptero regressou à base de Armamar depois de constatar que não era necessário a sua intervenção.

“Ao sobrevoarem a localidade de Fojo, [concelho de Baião], após avaliação do cenário pelo chefe de equipa da UEPS a bordo, às 11h30 foi decidido o regresso da aeronave à sua base por não se justificar o emprego dos meios num incêndio com o perímetro já circunscrito”, indica a NI.

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