Terça-feira, 21 de Janeiro de 2025
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Iberdrola liga à rede primeiro grupo do Sistema Eletroprodutor do Tâmega

A Iberdrola anunciou hoje que ligou à rede o primeiro grupo da gigabateria do Tâmega, uma turbina com 220 megawatts de capacidade situada na barragem de Gouvães, no rio Torno, em Vila Pouca de Aguiar

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“A Iberdrola pôs em prática o primeiro grupo da central hidroelétrica de Gouvães – uma turbina com 220 MW de capacidade – e começou a fornecer eletricidade limpa à rede a partir da gigabateria do Tâmega”, pode ler-se num comunicado hoje divulgado pela elétrica espanhola.

De acordo com a empresa com sede em Bilbau, no País Basco, “o complexo do Tâmega é composto por três albufeiras (Gouvães, Daivões e Alto Tâmega) e três centrais hidroelétricas com uma potência de 1.158 megawatts (MW)”.

A elétrica menciona que “após oito anos ininterruptos de obras, está concluída a construção das centrais de Gouvães e Daivões, onde estão a decorrer os testes de arranque dos diferentes grupos energéticos”.

“O complexo do Tâmega terá capacidade para produzir 1.766 GWh (gigawatts-hora) por ano, o suficiente para satisfazer as necessidades energéticas dos municípios vizinhos e das cidades de Braga e Guimarães (440.000 lares)”, refere ainda a Iberdrola.

A empresa também aponta que o conjunto das três centrais barragens “terá capacidade de armazenamento suficiente para servir dois milhões de lares portugueses durante um dia inteiro”.

A Iberdrola afirma adicionalmente que a central hidroelétrica do Alto Tâmega entrará em funcionamento em 2024, e aí “estará concluída a construção da instalação”.

“A gigabateria do Tâmega vai fornecer 880 MW de capacidade de bombagem ao sistema elétrico português, o que implicará um aumento de mais de 30% face aos megawatts de bombagem atualmente disponíveis no país vizinho”, pode ler-se no comunicado.

Em causa está a tecnologia de bombagem, cujas centrais “constituem uma salvaguarda para o sistema elétrico, pois permitem o armazenamento de energia elevando a água de uma albufeira inferior para outra situada mais acima”.

“Isso significa que uma grande quantidade de eletricidade pode ser gerada rapidamente, turbinando a água que desce para a albufeira inferior”, algo útil para “ajudar a suprir as necessidades do mercado nos horários de maior procura”, já que “a energia excedente em períodos de baixo consumo é utilizada para bombear água” entre as albufeiras quando é mais necessário.

A Iberdrola calcula que o conjunto de infraestruturas “acabará com a emissão de 1,2 milhões de toneladas de CO2 [dióxido de carbono] por ano e diversificará as fontes de produção, evitando a importação de mais de 160 mil toneladas de petróleo por ano”.

“Durante toda a fase de construção estima-se que foram criados até 3.500 empregos diretos e 10.000 indiretos – 20% dos quais provenientes de municípios vizinhos -, através de mais de 100 fornecedores, 75 deles portugueses”, refere a empresa.

O Sistema Eletroprodutor do Tâmega é um dos maiores projetos hidroelétricos realizados na Europa nos últimos 25 anos, contemplando a construção de três barragens (Daivões, Gouvães e Alto Tâmega) e 1.500 milhões de euros de investimento.

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