Numa altura importante e decisiva para o futuro da Adega Cooperativa de Santa Marta de Penaguião, a partir de domingo já se poderão conhecer novos dirigentes. A única lista a sufrágio já foi apresentada e reúne alguns nomes conhecidos na região e outros nem tanto, mas com ligações ao setor vitivinícola. Como cabeça de lista surge Marques Cruz, viticultor, figura que já esteve ligada às Aguas de Trás-os-Montes e Alto Douro e à empresa Metro do Porto, acompanhado por Sónia Catarino (Cumieira) e João Nogueira Borges (Lobrigos). Na Assembleia Geral, além do presidente da autarquia penaguiota, Francisco Ribeiro, surgem os nomes de José Leite Pereira, viticultor e antigo diretor do Jornal de Notícias, e Cesário Ferreira.
Numa difícil situação financeira, a Adega de Santa Marta de Penaguião tem uma dívida a rondar os 23 milhões de euros. Recorde-se que, a autarquia local pagou cem mil euros à empresa Deloitte por um estudo de viabilização económica da cooperativa, que já foi apresentado aos associados.
Esta adega, fundada em 1959, é a maior da Região Demarcada do Douro, com 1.800 associados. Em 1960 foram também criadas no concelho as adegas cooperativas da Cumieira e de Medrões. No entanto, na década de setenta, as três adegas juntam-se comercialmente e, em 1987 fundiram-se definitivamente, dando origem às conhecidas Caves Santa Marta.
Em 1998, a empresa vinícola Caves Santa Marta foi a primeira cooperativa a conseguir um Porto Vintage. Em 2001, chegou a ser considerada a melhor adega cooperativa do ano.