Segunda-feira, 13 de Janeiro de 2025
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Matilde precisa de ajuda para comprar cadeira de rodas

Matilde nasceu em 2008 e, devido a um erro médico, ficou com sequelas para toda a vida. Sofre de paralisia cerebral e luta, diariamente, contra dificuldades a nível motor que dificultam tarefas como andar, falar ou comer sozinha. Entre as várias contrariedades do dia a dia surgiu, recentemente, outra: a cadeira de rodas partiu e a família está a pedir ajuda para comprar uma nova

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Carmo Santos e o marido abriram-nos a porta de sua casa para, com eles, falarmos da sua filha, Matilde, uma menina especial que, há 16 anos, começou a lutar pela vida logo após o nascimento.

Um erro médico, mais precisamente a decisão de uma parteira em provocar o parto, que estava previsto acontecer por cesariana, ditou que Matilde sofresse uma asfixia, uma vez que tinha o cordão umbilical à volta do pescoço. A menina quase morreu e “teve de ser reanimada”, recorda a mãe. No dia seguinte, sofreu uma convulsão e acabou por ser transferida para o antigo hospital Maria Pia, no Porto, onde esteve internada nos cuidados intensivos, ao longo de 20 dias.

Matilde acabou por ser diagnosticada com paralisia cerebral distónica, que tem como sintomas mais comuns a má coordenação motora, a rigidez muscular, a fraqueza muscular e tremores, podendo haver dificuldades a nível dos sentidos (visão, audição, deglutinação e fala).

 

Avizinhavam-se tempos difíceis, mas os pais de Matilde não baixaram os braços e, desde cedo, apostaram em terapias que ajudassem a filha a ter uma vida melhor, dentro dos possíveis. Contudo, as terapias são caras, assim como todo o material que a Matilde precisa. Vai valendo, ao longo destes anos, a ajuda e solidariedade das pessoas.

FALTA DE APOIOS

Do lado do Estado, as ajudas são parcas. A Segurança Social, por exemplo, tem um pedido para uma cadeira de rodas nova há três anos que, até agora, continua sem resposta.

“Só em coisas que ela precisa, tenho um orçamento de quase 18 mil euros, mas tenho que filtrar aquilo que é mais urgente”, revela a mãe. Entre as coisas que lhe fazem falta estão “um standing (um aparelho que a ajuda a ficar em pé), uma cadeira para o carro, que custa cinco mil euros, e uma cadeira de rodas, porque a dela partiu”.

Para tudo isto, faltam os apoios de quem deveria ser o primeiro a estender a mão e isso vê-se, desde logo, com a plataforma que os pais desta menina usam para conseguir entrar ou sair de casa, que fica no segundo andar, de um prédio sem elevador. “A plataforma custa 20 mil euros. Por acaso tivemos ajuda da Segurança Social, mas foi uma luta muito grande, que só se resolveu porque avançámos judicialmente”. Para se ter uma ideia, “a plataforma foi-nos entregue quando a Matilde tinha 12 anos. Até aí, tínhamos que subir e descer com ela ao colo”, conta Carmo Santos, revelando que “a plataforma agora avariou e a peça em causa custa mil euros. Temos de ser nós a pagar porque já não está na garantia”.

CADEIRA DE RODAS

De tudo o que a Matilde precisa, o mais urgente, neste momento, é a cadeira de rodas. “A que tínhamos partiu, mas também já não é o tamanho adequado para ela”. O pedido para uma nova cadeira já foi feito à Segurança Social, mas “não podemos estar à espera”, frisa a mãe. “Estávamos a aguentar-nos com esta, mas agora partiu e vamos ter mesmo de adquirir uma nova. A cadeira é as pernas dela”, acrescenta, revelando que “a cadeira custa oito mil euros. Já conseguimos juntar mil”.

A evolução da Matilde e das ajudas que lhe vão chegando podem ser acompanhadas na sua página de Facebook “A Matilde quer continuar a vencer”.


Para ajudar:
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