Sábado, 14 de Dezembro de 2024
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Mudar de vaso!…

Inspirado pelo que li nas páginas deste jornal, pretendia escrever sobre outro tema. Mas, sou obrigado a mudar a direção da agulha para um artigo deste periódico, publicado a 31 de janeiro de 2024. É ali que reside o foco de atenção que sustenta o absurdo!

Como noutros órgãos de comunicação, neste semanário, para além do noticiário e do futebol, os artigos de opinião são sempre de interesse. É sobretudo o ecletismo da cobertura e a distribuição do espaço concedido, sem distinção, às associações que se lhe dirigem, acontecimentos que os diretores não se cansam de referir a disponibilidade das suas páginas…

Outro fator ligado a esta matéria é a função do provedor do leitor, que é exercida por dois perfis quase antagónicos, um reflete a sensibilidade do articulista que escreve artigos para jornais; o outro, os interesses e a perspetiva da realidade que os leitores, sempre, procuram encontrar na opinião que nos é apresentada.

No cargo de provedor dos leitores, procurei encontrar o que existe de real nas afirmações do autor do texto intitulado: “A morte prematura de Diogo”. Porém, nessa busca, o insucesso de encontrar verdade no fragmento da obra do agente, já era esperado!

A investigação “documental” já realizada permite-nos afirmar, com legitimidade e orgulho, que o meu tio foi um artista de eleição! Contudo, só 81 anos após a sua morte, por estudo do notável historiador Dr. António Conde, como que a título de homenagem póstuma, mereceu honras de publicação na Revista Tellus do Grémio Literário! Diogo Paradela, depois de ser retirado do anonimato, não merecia que sábios ansiosos de protagonismo, com afirmações que não têm o mínimo de crédito, algumas das quais chamo a juízo neste trabalho, viessem tentar diminuir a grandeza da sua classe…

Entre outras ações de afirmar sem rigor, diz o referido inventor: “Que ainda muito jovem foi convidado pelo tenente Falcão para a banda do 13 em Vila Real”. Ora bem, o meu tio Diogo, por obrigação, cumpriu o serviço militar no RI 13 e, por ser um excelente músico, foi integrado no coletivo da banda do exército, nada mais!

“Como o circo precisava de um saxofonista e de um tocador de serrote, nada melhor que Diogo para satisfazer tais exigências”. No sentido de esclarecer o grande público, só tenho a dizer que Diogo nunca foi músico de “circo”!

“Efémera vida de casados que havia de durar dezoito meses”. Outro falso juízo!  Documento da Conservatória do Registo Civil de Coimbra diz que o matrimónio de Diogo Paradela e Leónia Mendes é de dezembro de 1942, razão óbvia de que a vida de casado foi de escassos “dez meses”!

“Diogo Paradela morre em 1942, quando faltavam poucos dias para celebrar 30 anos de idade”.Certidão de nascimento e óbito de setembro de 1943, ao ilustrarem com exatidão a idade, provocam irritação e…  gargalhada prolongada!

Feita a emenda, resta-nos dizer: a própria planta para crescer tem de mudar de vaso…

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