Segundo Aida Carvalho, presidente da Fundação Côa Parque, “a exposição parte de uma discussão alargada em torno da parede”, com os artistas a proporem que se questione “o espaço arquitetónico em que as obras são apresentadas”.
“As obras vão promover um diálogo frutífero sobre o papel da arte junto das comunidades locais em que se apresentam”, acrescenta.
Hugo Dinis, curador da exposição, explica que “em 2019, em conjunto com os artistas, pensou-se num projeto que fosse itinerante e que pudesse alcançar parte do território nacional e lugares que, de algum modo, se poderiam ajustar”.
Com a pandemia, e o consequente confinamento, “foi possível pensar que o espaço público, nomeadamente a parede, seria um lugar ideal para realizar projetos artísticos”, acrescenta.
A “Contra-Parede” sucede, assim, à exposição “Gravuras recentes e outros riscos”, da autoria de João Cutileiro, que contou com 17 mil visitantes entre abril e setembro, e poderá ser visitada entre 2 de outubro e 21 de novembro.
Em simultâneo, irá decorrer um projeto educativo desenvolvido com alunos de várias idades.
