Com uma área total de 69 km² e quase seis mil habitantes, Santa Marta de Penaguião é, até à data, constituído por sete freguesias. O concelho é limitado a norte por Vila Real, a sul por Peso da Régua e Baião e a oeste por Amarante.
À semelhança de muitos outros concelhos do interior do país, também Santa Marta de Penaguião “luta” contra a desertificação. Hoje são 5.983 os habitantes, mas já foram 13.282, em 1960.
De acordo com os dados disponíveis, 33,3% da população de Santa Marta de Penaguião tem idade igual ou superior a 65 anos e 38,3% pessoas estão em idade ativa.
No que diz respeito à economia do concelho, esta é profundamente influenciada pelo facto do mesmo estar localizado na Região Demarcada do Douro, o que faz dele um concelho com muita ligação à vitivinicultura e, cada vez mais, ao turismo. Quanto à gastronomia, destaque para a feijoada à transmontana, para a massa à Lavrador, para o cabrito e o caldo de castanha. Nos doces, destacam-se o Conde Guillon e o Frei João como novidade na última década sendo que o leite-creme e a aletria foram, desde sempre, os doces mais tradicionais desta Região.
Quanto à cultura, Santa Marta de Penaguião tem a si associada, entre outras, a figura de Frei João de Mansilha, nascido em São Miguel de Lobrigos. É considerado o mentor da delimitação da Região Demarcada do Douro, bem como um dos principais impulsionadores da criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, em 1756, e consequentemente da Região Demarcada do Douro. A figura, até há pouco tempo desconhecida, revestiu-se de importância para o atual executivo municipal, de tal maneira que se criou o Espaço D’Ouro Frei João de Mansilha, onde se poderá viajar facilmente pela história do Frei e do Douro.
O município foi criado em 1202, pelo foral concedido por D. Sancho I, embora a história de Santa Marta de Penaguião remonte ao tempo para lá desse na história. Quanto à toponímia, existe uma lenda que conta que, há muitos anos, um conde francês chamado Guillon que vivia na região que terá mandado incendiar a capela de Santa Marta. Esta ter-lhe-á aparecido e como castigo impôs-lhe a pena de trabalhar a terra. Apesar de relutante, acabou por aceitar e, com o tempo, apaixonou-se pelo trabalho oferecendo as uvas à santa. Foi então que o corvo que até então o acompanhava desapareceu, aparecendo pombas e um cordeiro, símbolos de paz e fertilidade, indicando o seu perdão. Terá, assim, a localidade passado a chamar-se Santa Marta de Pena (castigo) de Guillon, evoluindo, posteriormente, para Santa Marta de Penaguião.