Quarta-feira, 14 de Maio de 2025
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O Papa Francisco morreu aos 88 anos, um dia após a Páscoa

Os bispos da Diocese de Vila Real e da Diocese de Bragança-Miranda lamentam a morte do Papa Francisco, um homem bom que nos deixou com uma “grande tristeza

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O Papa Francisco morreu na manhã de segunda-feira, com o anúncio a chegar pela voz do cardeal Kevin Ferrell, do Vaticano. “Queridos irmãos e irmãs, é com profunda tristeza que devo anunciar a morte do nosso Santo Padre Francisco”.

“Às 7h35 desta segunda-feira, o Bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da Sua igreja. Ele ensinou-nos a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão pelo seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, encomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Uno e Trino”, afirmou o cardeal.

No domingo de Páscoa, o Papa apareceu na Praça de São Pedro, e deu a bênção ‘Urbi et Orbi’, ou seja, a bênção solene para conceder o perdão dos pecados.

Jorge Mario Bergoglio nasceu a 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires (Argentina), e foi ordenado padre a 13 de dezembro de 1969. A 13 de fevereiro de 2013, dias depois da renúncia de Bento XVI, Bergoglio foi escolhido para ser o Papa, após cinco votações, no quinto dia do conclave, tendo escolhido o nome de Francisco.

REAÇÕES

Entretanto, o bispo da diocese de Vila Real publicou uma mensagem à diocese, onde revela que é uma notícia que “nos enche de tristeza, porque perdemos um grande Pastor, um Pai na fé, um irmão e uma pessoa de profunda humanidade”.

“A Igreja vê partir um Papa que imprimiu uma forte marca de renovação e a conduziu numa maior fidelidade ao Evangelho e para um estilo mais próximo e fraterno. O mundo perde também um profeta, um homem de Deus, que incansavelmente lutou pela paz e pela dignidade humana. Apagou-se uma vida que brilhou como um clarão e nos iluminou com intensidade no meio de um mundo cheio de sombras”, destacou o bispo António Azevedo.

“Nesta ocasião agradecemos a Deus a vida do Papa Francisco, que encheu de alegria e de esperança a vida de tantos seres humanos e agradecemos também o ministério deste Papa que foi uma bênção para a Igreja. Em clima pascal, deixemos que o seu testemunho de homem de fé nos continue a contagiar e a sua mensagem de esperança continue a inspirar a todos”, acrescenta o bispo, que convida todos os diocesanos e as comunidades cristãs a rezarem pelo Papa Francisco. Hoje (quarta-feira), pelas 18h00, será celebrada na Sé Catedral uma missa de sufrágio pelo Santo Padre.

Já o bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, destacou a marca de proximidade que o Papa Francisco deixou ao longo do pontificado, que “procurava cultivar, por todos os meios”. “Para ele não se tratava somente de um conceito, ou de gestos esporádicos, mas de um modo de ser e de exercitar o seu ministério. O Papa Francisco gostava do contacto direto com as pessoas, sobretudo com os mais vulneráveis ou frágeis”, escreveu D. Nuno Almeida, acrescentando que “parecia até que ao aparecer em público, [o Papa] dava mais importância a estes gestos do que aos discursos que devia pronunciar”.

D. Nuno Almeida ressalta que “o Papa Francisco não se cansou de alertar para a necessidade de remover preconceitos seculares e inconscientes e para intolerância que trazemos connosco desde sempre, sem nos darmos conta”.

Amanhã, às 18h00, na Catedral de Bragança, será celebrada a eucaristia de ação de graças e de sufrágio pelo Papa Francisco, convidando todos os sacerdotes, diáconos, consagrados e leigos a participar. “Lanço um convite especial aos jovens para que participem nesta celebração, pois o Papa Francisco sempre nutriu por eles um carinho especial”, disse o bispo de Bragança.

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