“Cessem o fogo! Parem, irmãos e irmãs. A guerra é sempre uma derrota, sempre”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, no domingo, após a oração do ângelus.
Francisco começou por agradecer a todos os que se associaram à jornada de jejum, oração e penitência, para “implorar a paz no mundo”, pedindo que “não desistamos. Continuemos a rezar pela Ucrânia e também pela grave situação na Palestina e em Israel, e por outros regiões em guerra”.
O Papa pediu que em Gaza se assegurem “espaços para garantir as ajudas humanitárias e sejam libertados os reféns” e também que “ninguém abandone a possibilidade de travar as armas. Cessem o fogo”.
Francisco citou o vigário da Terra Santa, padre Ibrahim Faltas, para insistir no pedido de cessar-fogo.
Recorde-se que o grupo islamita palestino Hamas atacou Israel, no dia 7 de outubro, provocando a morte de mais de 1400 pessoas. 229 pessoas foram sequestradas e permanecem desaparecidas desde então. Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, onde se registam mais de 7700 mortes e mais de 18 mil feridos.
Também no domingo, o Papa rezou pelas vítimas do furacão Otis que, há uma semana, atingiu Acapulco, no sul do México, causando 39 mortos e dez desaparecidos.
“Transmito a minha proximidade à população da zona de Acapulco, no México, atingida por um furacão muito forte. Rezo pelas vítimas, pelas suas famílias, por aqueles que sofreram graves danos”, disse.
Antes da oração, o Papa tinha destacado a importância do amor a Deus e ao próximo, dando o exemplo de Santa Teresa Calcutá, que quis ser uma “gota” do amor de Deus.
“Foi assim que ela, tão pequena, foi capaz de fazer tanto bem: refletindo como uma gota o amor de Deus. E se às vezes, olhando para ela e para outros santos, chegamos a pensar que eles são heróis inimitáveis, pensemos nessa pequena gota – o amor é uma gota que pode mudar muitas coisas. E como se faz isso? Dando o primeiro passo, sempre”, concluiu.