É uma clara aposta da Adega Cooperativa de Murça, na produção de espumantes de qualidade. Recentemente, lançou no mercado o “Caves de Murça – Malvasia Fina”. Trata-se da primeira experiência na produção de um espumante natural de uma das castas brancas mais tradicionais do Douro, mas que se tem revelado, nos últimos tempos, uma agradável surpresa, em termos organolépticos. Foi elaborado pelo método clássico, é um “meio-seco” e as suas uvas são oriundas de vinhas de média altitude. Foi produzido com o recurso às mais tradicionais técnicas do método clássico. Foi fermentado em garrafa e estagiado em cave. Apresenta uma cor citrina, aroma fresco e floral e é adequado para partilhar ementas de grelhados de carnes brancas, patés, marisco e sobremesas.
Refira-se que a qualidade de um espumante é avaliado pela sua “perlage”, derivada de “perle”, peróla (em francês). É o conjunto de pérolas ou bolhas do espumante que lhe dá a vida. O tamanho das bolhas, abundância e persistência (quanto tempo continuam brotando do fundo do copo) são elementos a ter em conta, na apreciação de um bom espumante. E quanto menores e mais numerosas as bolhas forem, melhor será o espumante, tendo em atenção o pormenor da taça em que o espumante é servido. Um recipiente mal lavado, com resíduos de gordura ou molhado, pode prejudicar. Por isso, não se deve gelar as taças. O “Caves de Murça- Malvasia –Fina” deve ser servido, em “flute”, com temperaturas situadas entre os 7 e os 9º C.
Esta adega foi fundada em 1965, está localizada no extremo norte da Região Demarcada do Douro, no concelho de Murça. Contava, então, com 193 sócios, produzindo, nesse ano, 820 mil litros de vinho de pasto e 20 mil litros de generoso. Actualmente, vinifica, anualmente, cerca de 4.000.000 de litros de vinhos – entre Vinho do Porto, DOC-Douro, Regionais “Terras Durienses” e de Mesa – provenientes das uvas produzidas nos cerca de 850 hectares de vinha dos seus cerca de novecentos associados.
Jmcardoso