Há mais de 19 anos que as lides da freguesia fazem parte da vida de Francisco Coutinho, atual presidente da União de Freguesias de São Tomé do Castelo e Justes, que inclui no seu território nove lugares: Águas Santas, Felgueiras, Fortunho, Justes, Leirós, Linhares, São Cosme, São Tomé do Castelo e Vila Meã. Em 2002, entrou como secretário e, sete anos depois, assumiu a presidência de São Tomé do Castelo. Da reorganização administrativa de 2012/2013 resultou a agregação de São Tomé do Castelo e Justes, uma freguesia vila-realense, situada na margem esquerda do Rio Corgo, com 41,56 km² de área, umas das maiores do concelho.
A cargo desta União de Freguesias, o autarca encontra-se a completar o segundo mandato e diz que a sua principal motivação é, essencialmente, as pessoas. “O que me motiva são, sem dúvida, as pessoas. Somos uma freguesia bastante rural, com residentes, na sua maior parte, de idade avançada. Os idosos precisam de ser acompanhados e isso só é possível com uma junta presente”. A disponibilidade é, para Francisco Coutinho, um fator crucial para quem decide assumir este cargo, uma vez que “ser presidente da junta é uma missão que nos ocupa grande parte do tempo. Se não existir essa disponibilidade, então, não vale a pena”.
“Boa relação”
Um dos principais desafios das juntas de freguesia são as relações. Estando estas vocacionadas para resolver assuntos de maior proximidade à população, torna-se fundamental manter uma relação harmoniosa não só com os habitantes, mas também com as freguesias vizinhas e a própria autarquia. Sobre isto, o presidente considera que “desde o início, e após a junção das localidades, a relação com as pessoas foi sempre boa. Estamos ligados pelo território, pela cultura e mentalidade. Somos muito parecidos e tem corrido bem”. Aproximar o município da realidade das aldeias é um objetivo agora consolidado por Francisco Coutinho. Dadas as competências limitadas, o autarca salienta a importância de manter uma boa relação com o município. “É importante sentir o apoio do município às aldeias. É preciso que quem dirige a câmara conheça a realidade do mundo rural e, desse ponto de vista, estamos satisfeitos. O atual executivo conhece bem as nossas freguesias e, também, as necessidades. Tem sido relativamente mais fácil com o apoio do município”.