Com representantes dos jornais A Voz de Trás-os-Montes, Mensageiro de Bragança, do projeto digital 7 Montes e da Rádio Onda Livre, a sessão serviu para debater o futuro, os desafios e o papel dos órgãos de comunicação locais.
Segundo o diretor do curso, Tiago Fernandes, a ideia foi “tentar valorizar o jornalismo de proximidade, num momento de partilha com vários órgãos de comunicação da região”.
“Tentámos ter alguma representatividade do território, este foi um primeiro passo, com a ideia de agregar e servir como um laboratório, em que vamos discutindo temas relacionados com o jornalismo de proximidade”, acrescentou.
As dificuldades económicas dos meios de comunicação regionais, com a diminuição da publicidade e de leitores foram dois dos problemas apontados, no primeiro caso maioritariamente porque as plataformas digitais absorvem a publicidade, e no segundo porque as pessoas se habituaram a ter informação de graça e agora têm resistência a pagar.
Pressões políticas, acesso às fontes e o encolher das redações são outras preocupações dos representantes da imprensa e rádio presentes.
Sobre soluções, uma das apontadas passaria por um agregador de notícias com pagamento por subscrição, e receitas direcionadas para os media.
A necessidade de chegar a novos públicos, nomeadamente aos mais jovens, é vista como um dos desafios, em que a literacia mediática teria um papel importante, nomeadamente a partir da escola.
As Jornadas foram organizadas pelo núcleo de estudantes do curso. Para a presidente Filipa Moura foi “importante trazer profissionais da área, para aprender com eles”. Nesta quarta edição quiseram “ter um programa diversificado”, que abarcou áreas como o jornalismo desportivo, podcasts, media regionais e testemunhos de ex-alunos.