A Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD) anunciou que tem implementado um projeto de telemonitorização pelo Serviço de Pneumologia destinado a pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), iniciado em abril.
Em comunicado, a ULSTMAD revela que este projeto foi desenvolvido para “combater a alta prevalência e gravidade da DPOC, que afeta aproximadamente 14% da população nacional, e representa a terceira maior causa de mortalidade a nível mundial”. Na ULSTMAD corresponde aproximadamente a “60 doentes internados por ano por exacerbações da DPOC”.
A DPOC “é notoriamente conhecida pelas suas descompensações frequentes, que são uma causa comum de internamentos hospitalares, contribuindo significativamente para a progressão da doença e aumento da taxa de mortalidade”, explica a mesma nota.
“Já vim três vezes para o internamento com complicações, estive quase a ir para o outro lado”, afirma a doente Isabel Moura, citada no comunicado, acrescentado que com este programa “sente-se mais confortável, uma vez que a proximidade e controlo dos parâmetros clínicos é mais eficiente por parte dos profissionais de saúde”.
Com a introdução do programa de telemonitorização, liderado pela equipa de Reabilitação Respiratória do Serviço de Pneumologia, “pretende-se transformar radicalmente a maneira como esta doença é gerida. O programa foca-se na monitorização diária dos sintomas respiratórios e dos sinais vitais dos pacientes, permitindo ajustes constantes e personalizados no tratamento”.
“Este processo não só assegura uma resposta terapêutica rápida e eficaz, mas também fortalece o vínculo entre os pacientes e os profissionais de saúde, garantindo um acompanhamento contínuo e atento”.
Os principais objetivos deste projeto passam pela “redução significativa das admissões hospitalares e o uso dos serviços de saúde, através da identificação precoce das exacerbações da doença. Com isso, esperamos proporcionar uma melhoria substancial na qualidade de vida dos nossos utentes e uma gestão mais eficiente dos recursos de saúde disponíveis”.
A implementação deste programa de telemonitorização “é um passo importante para a ULSTMAD e para o tratamento da DPOC na nossa região, oferecendo aos doentes uma esperança renovada para uma vida mais saudável e independente”, conclui a nota da Unidade de Saúde Local.