Domingo, 26 de Janeiro de 2025
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Quando ser pastora “é uma boa” opção de vida

Longe vão os tempos em que a serra era percorrida por milhares de caprinos, em que muitas famílias das aldeias tinham os seus rebanhos que eram a única fonte de rendimento. A serra era um ponto de encontro entre muitos pastores, uma profissão que perdeu muita gente nos últimos 30 anos. Muitos foram à procura de uma vida melhor e emigraram, outros arranjaram empregos com mais regalias e as serras estão cada vez mais despidas de gente e de animais

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Começa a ser raro ver homens pelas serras a pastorear animais, mais raro ainda é ver mulheres, mas ainda há pastoras nas serras transmontanas.

A poucos quilómetros da vila de Carrazeda de Ansiães, a VTM encontrou Fátima Santos, de 41 anos, que se formou em história de arte, na Universidade de Coimbra. Fez também uma pós-graduação em Património e Turismo, na Universidade do Minho.

Ainda estagiou e trabalhou na área, mas a vida trocou-lhe as voltas e hoje abraça, com grande dedicação, a profissão de pastora. “Quando acabei o curso fiz um estágio na área em que me formei, mas depois não encontrei trabalho nessa mesma área e fui ajudar os meus pais na agricultura”.

Em 2016, Fátima apaixonou-se pelo atual companheiro, Luís, que a desafiou a dedicarem-se à produção de leite. “Ele tinha um armazém vazio e uma queijaria, mas não tinha ovelhas, nem cabras. Decidimos comprar 200 ovelhas e iniciamos a produção de leite. Mais tarde, compramos cabras e hoje temos cerca de 300 animais”, conta Fátima, que não esquece a história da arte, mas agora está focada noutra arte, a de cuidar bem dos animais.

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