Sexta-feira, 18 de Abril de 2025
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Reitor da UTAD acusado de “vigiar e intimidar” docentes

“Eu, quatro vezes por ano fecho-me com a totalidade dos meus núcleos de curso, à porta fechada, e com um “confidencial agreement” em que o que lá se passa não é utilizado como fonte. Eu sei tudo sobre os meus professores! (…) Quando faltam às aulas, quando fazem batota, quando não põem lá os pés! (…) Conheço as debilidades da minha própria instituição, no sentido de a fortalecer”.

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São estas as declarações de Emídio Gomes, proferidas no início do mês num evento na Universidade do Porto, que têm feito “correr muita tinta”, com o Sindicado Nacional de Ensino Superior (SNESUP) a acusar o reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) de “vigiar e intimar” os docentes.

No entender do SNESUP, “o teor destas declarações lança um clima de suspeição relativo à prestação dos professores da UTAD, que não é, de todo, admissível”, admitindo que existe nesta universidade “uma cultura do medo e da prepotência”.

António Crespi, professor na UTAD desde 1994 e membro do SNESUP, não ficou surpreendido com as declarações de Emídio Gomes, mas mostra-se preocupado com a possibilidade de “isto ser algo recorrente entre as instituições de ensino superior do país”. Para o docente, esta prática “viola os direitos, liberdades e garantias da Constituição da República Portuguesa”.

Professor na UTAD há 30 anos, António Crespi confessa que “só com este reitor é que se nota que há controlo”, condenando o clima de “intimidação”, tendo em conta que “ninguém pode ir contra as opiniões do senhor reitor”.

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