Sexta-feira, 21 de Março de 2025
No menu items!

Rota das Vinhas de Cister procura modelo de sustentabilidade

Criada em 1999, a Rota das Vinhas de Cister, um projecto desenvolvido pela Comissão Vitivinícola Regional Távora-Varosa e a Região de Turismo Douro Sul, vive um momento de pouco fulgor e com alguns problemas de afirmação, como entidade promotora turística. “Estamos um pouco em banho-maria, quase desde o início, e limitados” – disse Carlos Pinto […]

-PUB-

Criada em 1999, a Rota das Vinhas de Cister, um projecto desenvolvido pela Comissão Vitivinícola Regional Távora-Varosa e a Região de Turismo Douro Sul, vive um momento de pouco fulgor e com alguns problemas de afirmação, como entidade promotora turística.

“Estamos um pouco em banho-maria, quase desde o início, e limitados” – disse Carlos Pinto Ribeiro, membro da Comissão Executiva.

“Há sempre uma dualidade que se torna, depois, muito confusa. Não sabemos se a Rota depende da parte vinícola (Comissão Regional Vitivinícola) ou da parte do turismo, (Região de Turismo do Douro Sul)” – acrescentou. Este responsável admitiu que “a Rota está, também, um bocado limitada, por não ter uma associação de aderentes”.

Estão neste momento integradas neste organismo apenas sete empresas. Destas, destacam-se as Caves da Murganheira e a Cooperativa Agrícola do Távora. Segundo este dirigente, “a CRV Távora/Varosa tem sido, ao longo deste tempo, a entidade que tem mantido algum apoio à Rota”.

Este dirigente adianta uma forma de sustentabilidade do organismo: “A situação ideal é como se passa na Rota da Península de Setúbal, um modelo que seria apoiado e suportado, na parte de turismo (RTDS), vinhos (CVR) e com o apoio das Câmaras Municipais de Lamego, Tarouca, Armamar, Moimenta da Beira, Sernancelhe, Tabuaço, Penedono e S. João da Pesqueira, área de influência da Rota das Vinhas de Cister”.

Pinto Ribeiro, confrontado se a mudança de responsáveis da RTDS pode trazer apoios, mostrou-se algo céptico.

“Não tenho grande expectativa, até porque a própria Comissão que vai entrar de novo não se sabe como vai ficar, depois da reestruturação do sector do turismo em curso”. “Ou há um maior envolvimento dos vários organismos, neste projecto, ou, então, continuaremos com falta de visibilidade e de promoção”.

Refira-se que o Gabinete da Rota funcionou, até há pouco tempo, nas instalações da Comissão Vitivinícola Regional Távora Varosa, em Moimenta da Beira, estando, agora, na Casa do Paço, em Dalvares (Tarouca).

A Rota desenvolve-se no sopé das encostas da Serra da Nave, entre os rios Paiva e Távora, e no Vale do Varosa, lugar de culto e meditação, escolhido pelos Monges de Cister, para aí construírem alguns dos mais belos exemplares da arte cisterciense, como o Mosteiro de S. João de Tarouca, do Século XII, um dos primeiros da Ordem de Cister, na Península Ibérica. São produzidos, nesta região, alguns dos melhores espumantes nacionais e frutados vinhos de mesa.

Integram a Rota das Vinhas de Cister e a Região Demarcada Távora-Varosa os Municípios de Armamar, Lamego, Moimenta da Beira, Penedono, S. João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço e Tarouca. A criação da Rota das Vinhas de Cister teve os apoios da ADETURN / Turismo Norte de Portugal e do PRONORTE – Programa Operacional do Norte.

 

Jmcardoso

APOIE O NOSSO TRABALHO. APOIE O JORNALISMO DE PROXIMIDADE.

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo regional e de proximidade. O acesso à maioria das notícias da VTM (ainda) é livre, mas não é gratuito, o jornalismo custa dinheiro e exige investimento. Esta contribuição é uma forma de apoiar de forma direta A Voz de Trás-os-Montes e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente e de proximidade, mas não só. É continuar a informar apesar de todas as contingências do confinamento, sem termos parado um único dia.

Contribua com um donativo!

VÍDEO

Mais lidas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS