A cerimónia reuniu portugueses e franceses num ato revestido de grande simbolismo, com o objetivo de “prestar a justa homenagem a todos quantos participaram na 1.ª Guerra Mundial e, em particular, aos militares do Corpo Expedicionário Português (CEP) que deram a sua vida fora de fronteiras, combatendo em França ao lado dos aliados durante o conflito”, explica a autarquia em comunicado.
O programa teve início com os entoar dos hinos dos dois países, seguindo-se a intervenção do maire de Richebourg e do presidente da Liga dos Combatentes, tenente-general Chito Rodrigues. A evocação religiosa esteve a cargo do bispo das Forças Armadas, Rui Valério.
Para além de Mário Artur Lopes, presidente da câmara municipal, da representação murcense fez parte Eduardo Milhões, um dos netos do Soldado Milhões, o soldado raso mais condecorado de sempre, e que participou na I Guerra Mundial. “Sinto um grande orgulho em estar aqui a representar a minha família, sendo neto de Aníbal Augusto Milhais, que esteve neste preciso sítio durante a guerra, em condições extremamente difíceis e que partilhou com todos aqueles que, como ele, vieram para estas terras defender os ideais da paz, da liberdade, da democracia”.
O Embaixador de Portugal em França, Jorge Torres Pereira, presidiu às comemorações dos 104 anos da Batalha de La Lys, onde estiveram também presentes o Cônsul-Geral de Portugal em Paris, Carlos Oliveira, entre outros convidados.
Este ano, o Cemitério Militar Português apresentou cara nova, depois de obras de manutenção. “Foi feita uma rampa de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, foi colocada uma caixa com o livro que contém a lista dos soldados sepultados no cemitério, foram colocadas duas novas lápides em substituição de lápides partidas pelas raízes de uma árvore, foi colocada uma nova placa de orientação e informação na entrada do cemitério e sobretudo foi renovada toda a área relvada. Também o Talhão Português no Cemitério de Boulogne sofreu intervenção”, explicou a autarquia.
A segunda parte destas cerimónias decorreram junto ao Monumento de homenagem ao soldado português, em La Couture, onde Mário Artur Lopes, depois de ter depositado uma coroa de flores, manifestou a sua vontade em nome do município, de “retomar as relações de amizade com esta localidade francesa”.