“Queria agradecer à UNESCO por ter chumbado o projeto da EDP, dando-me a possibilidade de fazer este”. Foram estas as primeiras palavras de Souto Moura após receber o prémio que distinguiu a obra da Central Hidroelétrica do Tua, construída de forma a harmonizar a barragem com a paisagem do Douro Património da Humanidade.
O arquiteto explicou que tentou inserir dentro da montanha ”o maior número possível de equipamentos para diminuir a escala da intervenção” sendo que, como resultado final, esta obra “consegue ter um conjunto de aparelhos técnicos, como automóveis, guindastes, arados, mantendo a montanha tal como ela é. Daqui a uns anos ainda vai ficar mais integrada porque as máquinas vão ficar no meio das oliveiras que estamos a plantar”.
Souto Moura acrescentou ainda que “o mais importante é que a paisagem fique o mais próximo daquilo que era antes”.
O Prémio Arquitetura do Douro é atribuído de dois em dois anos e o júri do concurso foi constituído por representantes da CCDR-N, da Ordem dos Arquitetos Secção Regional Norte, da Entidade Regional do Turismo Porto e Norte e pelo arquiteto Álvaro Andrade, vencedor da última edição com o Centro de Alto Rendimento do Pocinho, situado em Vila Nova de Foz Coa.
Notícia para ler na íntegra na edição de 19 de dezembro