Em Portugal, o estudo Portuguese Hypertension and Salt Study (PHYSA), revelou uma prevalência alarmante de hipertensão arterial (HTA) de 42,2%.
A ULSTMAD reconhece a gravidade do problema, pelo que decidiu avançar com a criação desta unidade, que conta com “uma equipa diferenciada”, indica em comunicado.
Segundo Fernando Salvador, diretor do serviço de Medicina Interna, a criação desta unidade visa “melhorar a gestão e tratamento da população, prevenindo o desenvolvimento de lesões de órgão alvo e eventos vasculares” e funcionará em “diversas frentes, incluindo consultas externas, hospital de dia, reuniões multidisciplinares, formação de internos e desenvolvimento de projetos de investigação”.
Telmo Coelho, coordenador do projeto, explica que a unidade se concentrará na “avaliação protocolada e sistematizada de doentes com HTA grave não controlada, suspeita de HTA secundária e seguimento de doentes com muito alto risco vascular”.
Além disso, a irá também “investigar e tratar causas de HTA secundária, seguir doentes com dislipidemia não controlada e rastrear, prevenir e tratar lesões de órgão alvo”.
A nível do hospital de dia, a unidade “realizará provas hormonais, consultas de reavaliação precoce após episódios de urgência e colocação de monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA)”, acrescentou.
Para garantir uma abordagem holística, “serão realizadas reuniões mensais multidisciplinares” com os serviços de Endocrinologia, Cirurgia Vascular e Cardiologia.
Ao nível da investigação, a unidade pretende “criar uma base de dados” com informações clínicas e meios complementares de diagnóstico de todos os doentes seguidos, dinamizando a participação em estudos e ensaios clínicos internacionais.
De acordo com a OMS, as doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de mortalidade a nível mundial.