“O enorme prestígio da pintora Graça Morais e a expressão universal da sua obra justificam plenamente este título honorífico, a que se junta a sua forte ligação ao território e às gentes de Trás-os-Montes e Alto Douro”, afirma o reitor Emídio Gomes.
Com mais de 50 anos de vida artística, Graça Morais é uma das grandes referências na história da arte contemporânea europeia. Por isso, a pintora transmontana foi agraciada, em 1997, com o Grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República Jorge Sampaio, e recebeu, em 2019, a Medalha de Mérito Cultural das mãos da Ministra da Cultura, Graça Fonseca.
O traço distintivo de Graça Morais tem sido exposto em mostras nacionais e internacionais, tem dialogado com escritores e coreógrafos, tem merecido galardões, mas tem sido, sobretudo, marca de uma identidade.
“Na matriz da sua pintura, a identidade transmontana cruza-se com uma visão crítica e humanística do mundo. A mesma visão – que parte do local para o global – que incutimos nos nossos estudantes. Numa academia que se pauta pelos valores humanistas e que promove o pensamento crítico, só podemos esperar que os nossos estudantes se tornem cidadãos do mundo e com espírito livre”, considera o reitor da UTAD.
Na cerimónia de Doutoramento Honoris Causa, Manuel Heitor, ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, será o padrinho da pintora agraciada, cujo percurso profissional será elogiado pela professora universitária Raquel Henriques.
Aos 74 anos, Graça Morais tornar-se-á na segunda mulher a ser distinguida com o Doutoramento Honoris Causa pela UTAD, depois de, em 2018, ter sido atribuído à escritora Agustina Bessa-Luís.