O encontro pretende juntar os hortelãos da região, nomeadamente das quintas produtoras de tomate, viveiristas, produtores de sementes, estudantes e outros interessados para esta ação de “preservação da genuinidade e origem do Tomate Coração de Boi do Douro”.
Assim, as Associações de Desenvolvimento da região (Beira Douro, Douro Histórico e Douro Superior), o INIAV e a Greengrape juntam-se à universidade transmontana para promover estes tipos de ações de formação e sensibilização.
A organização do projeto de valorização do Tomate Coração de Boi do Douro, pretende usar este evento como uma maneira de realçar alguns dos problemas que a preservação desta espécie de tomate enfrenta.
“Ao longo dos anos, temos vindo a perceber que uma parte das quintas e hortelãos do Douro adquirem as suas plântulas em viveiristas da região, não havendo garantias de que as plantas tenham origem em sementes de Tomate Coração de Boi do Douro”, explica a organização.
Além disso, o mercado português tem agora “uma variedade de tomate que não tem as características da versão tradicional do Tomate Coração de Boi, mas sim de um Tomate Coração de Boi italiano, conhecido por Ligúria”, acrescenta.
“Muito mais grave ainda, parte da restauração em geral e do Douro em particular já usa este tomate”, concluem os responsáveis desta ação.
O workshop a ser realizado na UTAD pretende então abordar temas como “a importância da conservação, preservação e valorização da semente do Tomate Coração de Boi, de forma a garantir a integridade do fruto produzido no Douro”. Numa ação a ser realizada em conjunto com especialistas da Escola de Ciências Agrárias e Veterinárias e do Departamento de Agronomia da UTAD, bem como do INIAV, através do Banco Português de Germoplasma.
Além deste workshop, no âmbito de uma candidatura liderada pelas três associações, a Greengrape está a desenvolver um livro sobre o TCBD, um guia de boas práticas para a cultura do tomate, bem como workshops à volta do Tomate e da excelência do terroir Douro para a produção de frutos.