O superior do Convento de Balsamão, dos Marianos da Imaculada Conceição, considera que a congregação está a celebrar 350 anos, mas olha para o futuro “com os pés assentes na terra” e tem um “projeto de requalificação” daquele espaço.
“Nesta requalificação queremos criar um espaço de acolhimento, um espaço termal que possa ajudar na saúde porque o projeto assenta em três pilares: espiritualidade, cultura e saúde”, disse o padre Eduardo Novo.
A congregação dos Marianos da Imaculada conceição (MIC), fundada pelo Santo Estanislau Papczynski, pretende “acolher as pessoas e ajudá-las a desenvolver a sua espiritualidade centrada em Deus”.
Ao nível cultural, os MIC vão continuar a realizar as jornadas culturais, as semanas de espiritualidade e a relação com o mundo e a sociedade naquele território.
O convento de Balsamão, situado em Chacim, Macedo de Cavaleiros (Diocese de Bragança-Miranda), pretende também ajudar as pessoas “na saúde e bem-estar”.
“O cuidar da mente, do coração e da alma”, onde “a água é o elemento fundamental”, frisou o responsável.
No passado aquela casa “funcionou como seminário”, mas com o projeto de requalificação, os MIC pretendem dar “novas valências” ao espaço, “daí a saúde, a classificação hoteleira, multiusos e a transformação dos produtos existentes na área”.
“Vamos criar uma cervejaria com cerveja artesanal, uma destilaria, uma cozinha tradicional e um espaço de agricultura e pecuária”, precisou o superior do Convento de Balsamão.
Situado a mais de 500 metros de altitude, o Convento de Balsamão tem “bem patente a simbologia” conjugada entre a natureza e a arte, sublinhou o padre Eduardo Novo.
O venerável Frei Casimiro introduziu, em 1754, os marianos em Portugal e na estátua junto ao convento “ele aponta com a mão para o mundo, o sentido missionário, e para Maria Imaculada”.
A relação com a natureza é o pilar essencial neste projeto que tem “três símbolos: luz, água e o silêncio”.