A campanha de recolha seletiva de resíduos no concelho já começou, com a distribuição de contentores adequados para a recolha de resíduos biodegradáveis, que acontece até ao final do ano.
O investimento da Câmara Municipal de Montalegre ronda os 22 mil euros e tem como propósito levar ao “cumprimento das metas europeias e nacionais de recolha seletiva de resíduos, a valorização dos resíduos enquanto recurso ao produto, a redução de gases com efeito de estufa, a promoção da economia circular e o envolvimento dos cidadãos na adoção de práticas mais sustentáveis e amigas do ambiente”, afirma o presidente da autarquia, Orlando Alves.
Segundo a autarquia, a recolha de resíduos sólidos urbanos no concelho de Montalegre tem o custo de cerca de meio milhão de euros por ano, verba que deverá ser ultrapassada em 2022, visto que até agosto deste ano os encargos neste setor já rondavam os 386 mil euros.
O autarca Orlando Alves sustenta que este valor despendido poderia ser bastante mais baixo, caso as práticas como a reciclagem e compostagem fossem mais frequentes. “A população não faz a mínima ideia dos custos que representam a recolha, o transporte e o tratamento do lixo na unidade de tratamento no aterro. Cada quilograma tem um valor e, claro, tudo pesa”, afirma. O responsável autárquico esclarece que o município cumpre a obrigação, enquanto entidade pública, mas alerta que “é necessário que haja esta consciencialização coletiva para bem do ambiente” e refere que “se estes valores, de encargos com o lixo, fossem diferentes, a verba podia ser canalizada para outras áreas”.
Cada habitante no concelho de Montalegre produz em média 410 quilos de lixo por ano.