Os claustros do antigo Governo Civil de Vila Real encheram para assinalar os 48 anos da Revolução dos Cravos. Num dia em que se celebra a liberdade, a guerra na Ucrânia não foi esquecida.
Convidada a usar da palavra, Ivanna Rohashko, ucraniana radicada em Vila Real há 13 anos, lembrou a época em que chegou a Portugal, por sua vontade, “a pensar no meu futuro e no da minha família”.
“O meu povo, pelo contrário, vê-se hoje obrigado a deixar tudo para trás e a procurar casa noutro país, longe da família”, frisa, acrescentando que “há oito anos, tudo mudou no meu país. Fomos invadidos pelo facto de querermos ser democráticos, livres, por querermos manter a nossa cultura, a nossa tradição, idioma, a nossa autenticidade”.
Segundo Ivanna, e “apesar de todas as dificuldades, limitações e obstáculos”, o povo ucraniano “tem lutado contra a ditadura e opressão russa, com todas as suas forças”, aproveitando para agradecer “todo o apoio que Portugal tem dado à Ucrânia”.
Minutos antes, já Salvador, um dos alunos do concelho presentes na sessão comemorativa, falou do 25 de Abril como um dia “em que se celebra o dia da liberdade em Portugal”, lembrando que “é uma data que nos permitiu conquistar a liberdade de expressão e da imprensa, dando direito à saúde, à greve e ao ensino”.
Notícia desenvolvida na edição de 28 de abril