A informação foi divulgada em despacho do Ministério da Cultura, datado de 21 de setembro, mas só agora publicado.
António Saraiva é presidente executivo (CEO) da empresa Rozès desde 1988 e há mais de 12 anos que está ligado à Fundação Museu do Douro. Para assumir o novo cargo, o empresário renunciou à presidência da Liga dos Amigos do Douro Património Mundial (LADPM).
“Espero estar à altura do desafio”, confessa António Saraiva, salientando que “o Museu do Douro é uma casa que não me é desconhecida e tenho ao meu lado uma equipa muito boa”.
À VTM, António Saraiva destaca o trabalho feito pelo anterior presidente, que permitiu à Fundação “ter resultados positivos”. “Uma instituição como esta não existe para ter lucros, mas tem de ser autossustentável”, afirma, admitindo que “não podemos apresentar um orçamento a pensar nos apoios que poderão chegar, tem que ser realista e possível de concretizar”.
Como objetivos para o seu mandato, o empresário pretende “manter o trabalho desenvolvido até agora”, acreditando que “o futuro passa pela internacionalização do Museu, que tem vindo a crescer em número de visitas”. António Saraiva espera “levar o Museu a todo o país e ao mundo, até porque estamos num território privilegiado”.
Para além do novo presidente foram também designados vogais do conselho diretivo José Manuel Gonçalves, presidente da Câmara da Régua, e Helena Gil Coutinho, que desempenhou funções como diretora Regional da Cultura do Norte. Quanto aos novos elementos do conselho diretivo, o anúncio foi feito em abril, na sequência de uma reunião presidida pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.
De referir que o presidente da Fundação Museu do Douro é designado pelo membro do Governo responsável pela área da cultura, depois de ouvido o conselho consultivo, e os vogais são designados pelo mesmo membro do Governo, sob proposta dos municípios e das demais pessoas e entidades de natureza privada que integram o conselho consultivo. O mandato é de cinco anos e a primeira reunião deste órgão está marcada para amanhã, no edifício do Museu do Douro.
Recorde-se que Fernando Pinto pediu para abandonar o cargo de presidente da Fundação do Museu do Douro, que ocupou durante quase 10 anos, por entender que “tudo na vida tem um momento”. Em abril, o ex-presidente salientou que “fiz 80 anos e achei que era altura de deixar esta função no museu”, destacando a necessidade de “dar continuidade ao trabalho feito e dar um novo impulso à vida do museu”.