Quinta-feira, 30 de Março de 2023
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Arbitragem fria para dérbi quente

RÉGUA, 0 | VILA REAL, 1

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Era o jogo da jornada. Régua e Vila Real entraram em campo separados por quatro pontos e terminaram separados por sete. Com casa cheia e um bom ambiente nas bancadas, foram os da casa a mostrar, desde cedo, que estavam ali para ganhar. Contudo, foi o Vila Real a criar a primeira ocasião de perigo, aos 7’. Na sequência de um livre, Fred aparece solto na área, mas envia a bola ao poste. A resposta do Régua surgiu logo de seguida, mas Paiva acaba travado em falta por Mika. Ficou a pedir-se cartão, tendo em conta que o jogador da casa ficava isolado. O árbitro não atendeu ao pedido e, na cobrança da falta, Caio rematou rasteiro, sem qualquer perigo para a baliza de Nuno Silva.

Aos 15’, nova oportunidade para os alvinegros, que aproveitaram uma perda de bola de Seminário em zona proibida. Júnior ficou isolado, mas decidiu mal. Com caminho livre para a baliza e com possibilidade de rematar, o nigeriano optou por combinar com Azevedo e o lance acabou por se perder.

Nesta altura, o jogo estava equilibrado, mas com sinal mais para o Régua, que via as suas tentativas de saída travadas, havendo alguns lances passíveis de cartão. Contudo, o árbitro demorou a controlar o jogo que, já se sabia, ia ser duro. Prova disso é que ao minuto 28 Edu acaba expulso. Começa tudo num lance junto ao banco do Vila Real, aos 24’. Edu e André Azevedo envolvem-se numa confusão e os dois acabam por ver a cartolina amarela.

Na sequência do mesmo lance, Pedro Freitas foi pedir satisfações ao jogador. Os adeptos pediram expulsão de Pedro Freitas, por agressão, mas o árbitro mandou jogar. Logo a seguir, Edu tem uma entrada dura sobre Azevedo, vendo, e bem, o segundo amarelo e, consequente, vermelho. Minutos depois, os adeptos da casa voltam a pedir cartão vermelho, desta vez para Mika, por alegada agressão a Paiva, mas sem sucesso.

O jogo estava quente, dentro e fora das quatro linhas e, mesmo com menos um, o Régua não dava parte fraca, criando até algumas oportunidades de perigo. Faltava o mais importante, marcar. E o golo até esteve perto, aos 40’, num canto direto batido por Caio que Nuno Silva conseguiu desviar com uma palmada. A bola acabou por entrar na outra baliza, ainda antes do intervalo. Desatenção da defesa do Régua e André Azevedo a ficar com a bola. Num três para um, o avançado alvinegro não tremeu e só com Kiko pela frente inaugurou o marcador. Antes disso, há um lance na área do Régua, com os alvinegros a pedirem grande penalidade. Nem o árbitro, nem o auxiliar entenderam que havia motivo para tal.

A jogar com menos um, João Valente tira José Mota ao intervalo e lança para o seu lugar Montenegro, que conseguiu agitar o jogo. Aos 49’, o recém-entrado combina com Jota, este passa para Diogo Paixão que tenta devolver a bola a Montenegro, mas o cruzamento saiu muito longo. O Vila Real respondia de bola parada, aos 50’, com Fred a aparecer ao segundo poste e a combinar com Júnior. A bola acabou nas mãos de Kiko, mas o lance foi anulado por fora de jogo do capitão alvinegro. Nova oportunidade para o “Bila” aos 58’. Kiko sai da baliza, André Azevedo faz o chapéu, mas Francisco corta a bola na hora certa e nega o segundo aos visitantes.

Aos 59’, Mika vê o segundo amarelo e acaba expulso, restabelecendo a igualdade em número de jogadores. Mesmo desgastados, os jogadores do Régua não atiravam a toalha ao chão e, aos 68’, Jota esteve perto do golo, mas o remate foi à barra. Até ao final, tanto o Vila Real como o Régua podiam ter marcado, mas o resultado acabou por não sofrer alterações.

Com este resultado, o Vila Real mantém a liderança e o Régua continua em terceiro lugar, agora a sete pontos dos alvinegros. No final do jogo, ninguém da equipa da casa se mostrou disponível para falar com a comunicação social.


COMENTÁRIO

LUÍS PINTO, Treinador do Vila Real

“Sabíamos que ia ser um jogo muito complicado e estávamos preparados para isso. O resultado peca por escasso, mas acho que somos uns justos vencedores. Não me parece que o Régua tenha perdido por causa do árbitro”.


DESTAQUE

FRANCISCO

O médio do Régua, natural de Baião e com passagem pelos juniores do Amarante, mostrou, aos 21 anos, que pode chegar a grandes palcos. Cortou várias jogadas do Vila Real e evitou o 0-2. Esteve sempre no lugar certo, à hora certa.


FICHA TÉCNICA

RÉGUA, 0 | VILA REAL, 1

Campo Artur Vasques Osório
Árbitro: António Moreira
Auxiliares: Sérgio Faceira e Márcio Ribeiro

RÉGUA: Kiko, Miguel Baló, Edu, Francisco, Caio, Quinzinho, Seminário (Carlos Silva, 89’), Paiva, Zé Mota (Montenegro, 45’), Diogo Paixão e Jota
Treinador: João Valente

VILA REAL: Nuno Silva, Diogo Matos (Miguel Teixeira, 82’), Gustavo, Fred, Gonçalo Paixão, Mika, Júnior, Pedro Silva (Fábio, 54’), Pietro (Leandro, 78’), André Azevedo, Pedro Freitas
Treinador: Luís Pinto

Ao intervalo: 0-1
Cartões amarelos: Edu (24’ e 28’), André Azevedo (24’), Mika (52’ e 59’), Gonçalo Paixão (62’) e Paiva (81’)
Cartões vermelhos: Edu (28’) e Mika (59’)
Marcador: André Azevedo (45’+3)

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