Sábado, 18 de Janeiro de 2025
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“As águas termais são uma riqueza que temos de aproveitar”

Brigite Gonçalves nasceu na Madeira, mas aos quatro anos veio viver para Chaves com os pais. Formada em direito pela Universidade de Coimbra, tem escritório de advocacia na cidade flaviense, foi chefe de gabinete do último governador civil de Vila Real, Alexandre Chaves, membro do conselho superior do Ministério Público e tem andado a fazer coisas, já que “sempre foi uma pessoa ativa na sociedade”.

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“O meu sonho sempre foi ser advogada de província. A advocacia que gosto de praticar e à qual provavelmente voltarei, é a advocacia de proximidade, junto das pessoas”, revela, adiantando que começou há 20 anos um estágio com o “patrono, o Dr. António Roque, que me conhecia há muitos anos e era pai de uma das minhas melhores amigas. Foi a primeira porta onde fui bater e que se escancarou. Ele já não exerce, mas ainda hoje somos amigos e muito próximos”.

Depois da saída de Fátima Pinto que foi para deputada na Assembleia da República, surge o convite do presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, para assumir funções de administradora da empresa de Gestão de Equipamentos do Município de Chaves em abril de 2022, uma função que abraçou com determinação e com vontade de fazer o melhor para dar cada vez mais visibilidade à empresa municipal que gere.

“O termalismo é uma área nova para mim, já o exercício de funções públicas não é uma novidade”, numa entidade que engloba a gestão das Termas de Chaves, do Balneário Pedagógico de Vidago, as Piscinas de recreio e lazer e o Parque de Campismo da Quinta do Rebentão, entre outros.

ENSINO

Brigite Gonçalves lembra a importância do Alto Tâmega e Barroso ter ensino superior, através do Instituto Politécnico de Bragança (IPB). “Quando foi criada a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, os transmontanos viam esse projeto com grande expectativa, com as maiores cidades, Vila Real e Chaves, a ter ensino superior público de forma a estancar a sangria da população jovem. Se os podermos formar nas nossas terras melhor, para manter os jovens nos nossos territórios. E cursos nas áreas da água, termalismo, fisioterapia, em boa hora regressaram ao Alto Tâmega e Barroso através do IPB, já que todos queremos ter profissionais de excelência e certificados”.

Com águas termais com caraterísticas analgésicas e anti-inflamatórias, antes de qualquer tratamento, os utentes passam por um profissional que o avalia. “Antes de qualquer tratamento, o utente passa, normalmente, por um enfermeiro para verificar se pode ou não receber os tratamentos, porque também há contraindicações sobre as águas termais, por exemplo, para doentes oncológicos, que não é recomendável”, explica Brigite Gonçalves.

AUMENTO DA PROCURA

Após o período crítico da pandemia de Covid-19, que as termas tiveram de encerrar, desde 2022 a procura tem aumentado. “Em 2022, tivemos 9.090 termalistas, em 2023 foram quase 11.600, destes 3.400 em termalismo terapêutico e uma fatia muito superior de termalismo de bem-estar, sendo ainda de destacar que vem gente de todo o país e do estrangeiro também. Nota-se ainda que 45% das pessoas que nos procuram pelo termalismo de cura são do distrito de Vila Real”.

Para o futuro, a mesma responsável revelou que vai ser construído um complexo de piscinas ao ar livre, encaixado no balneário termal.


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