A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste é a entidade responsável pelos cuidados de saúde nos 12 concelhos do distrito de Bragança, onde o número de pessoas infetadas com o novo coronavírus se aproxima de 400 e um total de nove estão internadas, hoje, nos três hospitais da região, sete das quais em enfermaria e duas em cuidados intensivos.
Os dados foram avançados à Lusa pela ULS do Nordeste com a indicação de que o número de camas afetas a internamento de doentes covid-19 é de 11, “sendo possível o alargamento para 24 camas em enfermaria” nos três hospitais que servem a população da região, concretamente Bragança, Mirandela de Macedo de Cavaleiros.
O hospital de Bragança é o único com cuidados intensivos e tem, segundo ainda a ULS do Nordeste, quatro camas destinadas aos doentes covid-19, “sendo possível o alargamento do número de camas de acordo com as necessidades de internamento”.
Numa resposta por escrito a perguntas feitas pela Lusa, o Gabinete de Comunicação e Imagem desta Unidade Local de Saúde realça que o plano de resposta à pandemia prevê, conforme a evolução da situação epidemiológica, “a libertação de camas para tratamento de doentes covid-19, salvaguardando a existência de camas para tratamento de doentes com outras patologias”.
“A ULS do Nordeste planeia a sua atuação ao nível da resposta à pandemia de covid-19 com base nas normas legais vigentes, dispondo de um plano adaptável à evolução da situação epidemiológica e à evolução do conhecimento científico, tendo em vista a melhoria contínua dos cuidados de saúde prestados à população”, refere.
Entre os 12 concelhos do distrito de Bragança servidos pela ULS do Nordeste, o número de infeções tem vindo a aumentar, atingindo um total de 390 casos, de acordo com números oficiais das autoridades de saúde.
Um dos concelhos mais afetados, tendo em conta a proporção com a população, é o de Vinhais, com 60 casos confirmados que começaram a surgir depois de um surto escolar que levou ao encerramento da escola do primeiro ciclo.
O presidente da câmara, Luís Fernandes, disse hoje à Lusa que acredita que “já se atingiu o pico”, até porque tem sido testada a comunidade, nomeadamente lares de idosos, onde até agora “não há problema”, segundo o autarca.
Luís Fernandes salientou que, apesar do aumento do número de casos, “o que parece é que não têm as consequências que tinham anteriormente em termos de saúde”.