Segundo o PSD, a atual presidente da Câmara Municipal de Montalegre, Fátima Fernandes, “mentiu nas declarações feitas à comunicação social” quando afirmou que a autarquia “emitiu sempre um parecer desfavorável” sobre a exploração da Mina do Romano.
A autarquia, lê-se em comunicado, “sempre apoiou, e continua a apoiar, a exploração mineira no concelho, nomeadamente a empresa Lusorecursos”, empresa apoiada pela câmara através de, “por exemplo, a utilização da sede da União de Freguesias de Montalegre e Padroso para as suas primeiras instalações no concelho”.
Outro dos apoios dado à empresa foi um contrato de 50 mil euros com a “ECOHOLDING Florestal, assinado dias depois da constituição desta empresa”, um nome associado à Lusorecursos. Para o PSD, a Câmara continuou a sua relação com a empresa mineira, através de uma participação conjunta na candidatura para o projeto “Romano Smart Village”, uma proposta de investimento para o setor mineiro e metalúrgico no valor total de 393 milhões de euros.
O Partido Socialista de Montalegre candidatou-se a este projeto após as eleições autárquicas, durantes as quais o partido, alegadamente, “adotou uma posição ambígua e evasiva, passando a ideia de que o lítio não ia ser uma realidade no concelho”.
“A conexão entre a Lusorecursos e a autarquia continua através do apoio da empresa a várias entidades, eventos e iniciativas associados ao Município de Montalegre, como é o caso do Mundial de Rallycross, da participação da Feira de Nanterre, dos projetos GAL/ Loving The Planet e dos passadiços do lítio”, lê-se na mesma nota.
O PSD adianta ainda que a Assembleia Municipal reprovou três propostas antiminas submetidas pelos sociais democratas, enquanto continuou a emissão de um “parecer favorável à reativação da exploração de volfrâmio na Borralha, que continua a ter o apoio expresso de Fátima Fernandes “.
Por fim, o comunicado de imprensa realça o ponto de vista do PSD sobre estes acontecimentos dizendo que “os danos na imagem do concelho de Montalegre, provocados por elementos do partido socialista, afetam as suas gentes que nada têm a ver com isto”.