A iniciativa começou com o exemplo de Portugal, apresentado por Ana Filipa Soledade, chefe de divisão da área do Desenvolvimento Social e Saúde da Câmara Municipal de Leiria, seguindo-se Espanha com Coro Aranguren, trabalhadora social, do município de Donostia – San Sebastian, terminando com a partilha da realidade brasileira, com Maria Coletta, assistente social.
Partiu-se da reflexão sobre o papel dos assistentes sociais e demais profissionais da área das Ciências Sociais na implementação das políticas públicas nacionais, mas também na execução de políticas locais e nos contributos na definição de novas políticas sociais territorializadas, tendo sido abordado o papel da Rede Social como um fórum local de mobilização das entidades locais no âmbito da dinamização da parceria, na elaboração do diagnóstico social e na definição de políticas sociais de âmbito local- sua análise , reflexão e avaliação,-enfatizando-se o conceito da proximidade como sendo o modelo interventivo mais responsável para responder de forma mais ajustada às necessidades dos cidadãos.
Apesar das diferenças na organização da intervenção local em cada um dos países, identificaram-se alguns elemento comum às experiências dos três países: o trabalho desenvolvido na promoção dos Direitos Humanos respeitando a realidade de cada pessoa e famílias, ajudando a (re)construir a história pessoal, familiar e comunitária, com o apoio dos serviços que, de forma articulada , e numa dimensão de trabalho e Rede trabalham para e com os cidadãos na procura das respostas mais adequadas para superar e resolver os seus problemas de natureza social, evitando sobreposições técnicas e administrativas. O modelo de intervenção integrado previne que hajam vários serviços/entidades/técnicos a trabalhar a mesma situação, e promove a definição do papel de cada entidade na rede institucional no processo de intervenção, salvaguardando a confidencialidade e o respeito pela vivência das pessoas e das suas dinâmicas familiares. O enfoque no processo de investigação – Ação e a supervisão são exigências fundamentais na intervenção social.
Este Encontro contribuiu para refletir sobre a importância da intervenção de proximidade no âmbito de alguns dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e do Pilar dos Direitos Humanos e como resposta de primeira linha em situações de crise social, política e económica, contextos nos quais os Assistentes Sociais e demais trabalhadores sociais, se constituem como agentes de mudanças social.