“Pretende-se que seja um centenário de todos e para todos” afirmou, destacando as várias iniciativas que vão decorrer, abertas à comunidade.
A Diocese comemora 100 anos a 20 de abril, dia em que vai acontecer uma eucaristia solene, às 17h00, e abre portas uma exposição fotográfica, no Museu do Som e da Imagem, que viaja pela história da Diocese. “Para mim foi uma surpresa ver o vasto espólio de fotografias antigas”, admite o bispo.
O programa do centenário tem um cariz litúrgico e religioso, mas também cultural e pretende chegar a toda a diocese. O programa inclui a realização do colóquio “A criação da Diocese de Vila Real”, numa parceria com a Universidade Católica Portuguesa, e tertúlias descentralizadas pelas vilas e cidades do distrito.
Serão ainda realizados vários concertos pela Orquestra do Norte, o Coro Câmara D’Ouro e pelo órgão sinfónico com 2.180 tubos da Sé, que terá a sua programação reforçada.
Embora o aniversário seja a 20 de abril, o ano jubilar arrancou a 8 de dezembro e só termina a 8 de dezembro de 2022. Até lá, pretende-se lembrar a história da Diocese e não “deixar cair no esquecimento personalidades marcantes”, como o arcebispo de Braga
Manuel Vieira de Matos, “que lutou pela fundação desta Diocese, bem como bispos, padres e leigos e com esta distância perceber até que ponto marcaram, e continuam a marcar, as nossas vidas. É perceber que somos o que somos porque essas pessoas existiram”, frisa D. António Augusto.
O bispo destaca ainda o papel da igreja na sociedade, tendo sido responsável pela criação “de respostas e iniciativas relativamente a algumas áreas em que era necessário”, apontando a imprensa, com a criação de jornais regionais, bem como a educação, em que congregações, sacerdotes e leigos criaram escolas e colégios, e também a área social, com a fundação de lares ou creches.
O lema deste centenário é “Crescer com Raízes”. Questionado sobre quais as raízes que a Diocese pretende deixar para o futuro, D. António Augusto lembrou que o lema é inspirado no Papa Francisco que “nos tem lembrado que para que as pessoas e as instituições cresçam é importante que tenham raízes sólidas”.
Aproveitando os últimos dois anos de pandemia, em que as pessoas se viram privadas de ir à missa, de forma presencial, com estas a serem transmitidas na internet, D. António Augusto vinca que um dos desafios para o futuro passa por “trazer para as igrejas algumas pessoas que, por comodismo, se foram desligando”.
Além disso, e tendo em conta o número atual de padres na Diocese, o bispo admite que “será uma igreja com menos padres e com mais trabalho e participação de leigos”.